Radovan Karadzic foi condenado a 40 anos de prisão pelo Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia.
© Reuters
O fundador da Republika
Srpska (RS, a entidade política que hoje partilha a Bósnia a par da Federação
croato-muçulmana) foi condenado a 40 anos de prisão pelo Tribunal Penal
Internacional para a ex-Jugoslávia pelo envolvimento direto no massacre de
Srebrenica e no cerco de Sarajevo, consideradas as piores atrocidades cometidas
na Europa após a Segunda Guerra Mundial.
"Radovan Karadzic,
o tribunal condena-vos a 40 anos de detenção", afirmou o juiz Gon Kwon,
após ter rejeitado uma das duas acusações de genocídio, em sete municipalidades
da Bósnia.
Karadzic estava acusado
por genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos na
guerra da Bósnia onde morreram mais de 100 mil pessoas e foram deslocadas cerca
de 2,2 milhões.
O fundador do Partido
Democrático Sérvio (SDS) da Bósnia e primeiro presidente da Republika Sprska
(RS) foi ainda condenado por nove outras acusações de crimes de contra a
humanidade e crimes de guerra cometidos durante a guerra na Bósnia, indicaram
hoje os juízes do TPIJ.
Com a confirmação desta acusação,
Karadzic é o primeiro indiciado do TPIJ a ser condenado por genocídio durante
as guerras jugoslavas, uma sentença que poderá ter um enorme impacto para as
organizações das vítimas e a opinião pública de Sarajevo, que em 2008 celebrou
a sua detenção.
Do lado sérvio, muitos consideram pelo
contrário o TPIJ como uma jurisdição parcial, e esta sentença poderá ser
explorada de forma nacionalista pelo governo de Banja Luka, capital da entidade
sérvia da Bósnia.
[Notícia atualizada às 15h12]
Fonte:noticiasaominuto
Comentário:
as vidas que sucumbiram às ordens deste ditador não são recuperadas. Uma pena
de 40 anos é curta se for pesada a gravidade dos actos que praticou e mandou
praticar. Aos ditadores ainda vivos, apesar de terem conhecimento dos efeitos
da justiça (embora tarde), ainda assim continuam com as suas destruições,
julgando-se impunes, intocáveis, vociferando ódio por onde passam.
J. Carlos
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