quinta-feira, 24 de março de 2016

Pena de 40 anos para Karadzic por crimes contra a humanidade

Radovan Karadzic foi condenado a 40 anos de prisão pelo Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia.

© Reuters
O fundador da Republika Srpska (RS, a entidade política que hoje partilha a Bósnia a par da Federação croato-muçulmana) foi condenado a 40 anos de prisão pelo Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia pelo envolvimento direto no massacre de Srebrenica e no cerco de Sarajevo, consideradas as piores atrocidades cometidas na Europa após a Segunda Guerra Mundial.
"Radovan Karadzic, o tribunal condena-vos a 40 anos de detenção", afirmou o juiz Gon Kwon, após ter rejeitado uma das duas acusações de genocídio, em sete municipalidades da Bósnia.
Karadzic estava acusado por genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos na guerra da Bósnia onde morreram mais de 100 mil pessoas e foram deslocadas cerca de 2,2 milhões.
O fundador do Partido Democrático Sérvio (SDS) da Bósnia e primeiro presidente da Republika Sprska (RS) foi ainda condenado por nove outras acusações de crimes de contra a humanidade e crimes de guerra cometidos durante a guerra na Bósnia, indicaram hoje os juízes do TPIJ.
Com a confirmação desta acusação, Karadzic é o primeiro indiciado do TPIJ a ser condenado por genocídio durante as guerras jugoslavas, uma sentença que poderá ter um enorme impacto para as organizações das vítimas e a opinião pública de Sarajevo, que em 2008 celebrou a sua detenção.
Do lado sérvio, muitos consideram pelo contrário o TPIJ como uma jurisdição parcial, e esta sentença poderá ser explorada de forma nacionalista pelo governo de Banja Luka, capital da entidade sérvia da Bósnia.

[Notícia atualizada às 15h12]

Fonte:noticiasaominuto

Comentário: as vidas que sucumbiram às ordens deste ditador não são recuperadas. Uma pena de 40 anos é curta se for pesada a gravidade dos actos que praticou e mandou praticar. Aos ditadores ainda vivos, apesar de terem conhecimento dos efeitos da justiça (embora tarde), ainda assim continuam com as suas destruições, julgando-se impunes, intocáveis, vociferando ódio por onde passam.

J. Carlos 

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