A professora universitária e especialista em biomedicina Deborah Zanforlin desenvolveu um dispositivo que promete avanços significativos no diagnóstico precoce e tratamento de 18 tipos de cancro.
Trata-se de um chip que, através de um exame de sangue, identifica a doença logo no seu estágio inicial, fornecendo o resultado em apenas quinze minutos.
O chip ainda tem outra vantagem: não liberta radiação. Todo o sistema necessário para a sua utilização é portátil e pode ser levado a regiões remotas, onde a população tem menos recursos de saúde disponíveis.
A biomédica também não descarta que a tecnologia possa ser usada para outros tipos de diagnóstico.
“O chip pode ser utilizado para outras doenças no futuro, mas eu estou há cerca de dois anos focada no diagnóstico e tratamento do cancro”, diz a cientista ao Radio Jornal de Pernambuco
Deborah Zanforlin explica que o seu biossensor mapeia marcadores sanguíneos libertados pelas células cancerígenas, e isso permite o diagnóstico precoce, aumentando as probabilidades de cura em até 70%.
Segundo a cientista pernambucana, um dos principais objectivos do projecto é fazer com que as pessoas deixem de olhar para o cancro como uma sentença de morte, já que, graças à nova tecnologia, será possível detectá-lo com rapidez, aumentando a probabilidade de sucesso no tratamento.
O projeto, denominado ConquerX, está em fase de desenvolvimento de relatórios, que serão entregues à Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil e à FDA, a Food and Drugs Administration, dos EUA.
As duas agências irão avaliar a possibilidade de autorizar o uso do biossensor em larga escala.
ZAP / CanalTech
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