Ex-ministros e políticos portugueses podem estar envolvidos no escândalo “Papéis do Panamá”, segundo a investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas, noticiou a TVI, que faz parte deste consórcio.
ESCÂNDALO PANAMA PAPERS
- 9 ABRIL, 2016
- 8 ABRIL, 2016
- 7 ABRIL, 2016
Segundo avançou esta sexta-feira a TVI, no Jornal Nacional, os ex-ministros e políticos foram representados por um português, Jorge Humberto Cunha Ferreira, gestor de fortunas do Banco Internacional do Luxemburgo, BIL.
Jorge Cunha Ferreira, cliente número 37.356 da Mossak Fonseca, representava “pessoas politicamente expostas” de Portugal, África e América Latina.
“Alguns dos clientes do nosso contacto em Portugal são ex-ministros ou políticos, portanto, irão aparecer como Pessoas Politicamente Expostas nos processos de devida diligência”, referem os documentos citados pela TVI.
O português representará também um “presidente”, mas não é clara a nacionalidade do chefe de Estado, que desejava investir em “10 a 15 empresas panamianas com contas bancárias no Panamá”, noticia a TVI.
Na terça-feira, o jornal irlandês Irish Times noticiou que o envolvimento de Portugal no escândalo está quantificado, por enquanto, em 34 pessoas, e 244 empresas com 255 acionistas.
Mas segundo noticia o semanário Expresso na sua edição deste sábado, há mais de 240 portugueses nas ‘offshores’ do Panamá, entre os quais os nomes mais conhecidos são os de Luís Portela, Manuel Vilarinho e Ilídio Pinho.
Luís Portela é o antigo presidente da farmacêutica Bial, Manuel Vilarinho é empresário e antigo presidente do Benfica, e Ilídio Pinho é também um conhecido empresário, que tem a Fundação homónima sediada no Porto.
Na primeira página da edição de amanhã, o Expresso destaca também que o “Panamá ajudou aesconder um ‘saco azul’ do Banco Espírito Santo durante 21 anos” e que “Pela Espírito Santo Entreprise terão passado mais de 300 milhões de euros”.
A que ja é considerada a maior investigação jornalística da história, realizada por uma centena de jornais em todo o mundo sobre 11,5 milhões de documentos, revelou bens em paraísos fiscais de 140 responsáveis políticos ou personalidades públicas.
O conjunto de documentos, denominados “Panama Papers”, provém da empresa de advogados panamiana Mossack Fonseca, e destaca para já os nomes de 140 políticos de todo o mundo, entre eles 12 antigos e atuais líderes mundiais.
Entre estes encontram-se o primeiro-ministro islandês Sigmundur Gunnlaugsson, que se demitiu, o rei da Arábia Saudita, elementos próximos do Presidente russo Vladimir Putin, o presidente da UEFA, Michel Platini, o presdente da Argentina, Maurício Macri, e a irmã do rei Juan Carlos e tia do rei Felipe VI de Espanha, Pilar de Borbón.
Segundo o ICIJ, Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, que reuniu para este trabalho 370 jornalistas de mais de 70 países, mais de 214.000 entidades ‘offshore’ estão envolvidas em operações financeiras em mais de 200 países e territórios em todo o mundo.
A investigação resulta de uma fuga de informação e juntou cerca de 11,5 milhões de documentos ligados a quase quatro décadas de atividade da empresa panamiana Mossack Fonseca.
A empresa panamenha é especializada na gestão de capitais e de património, com informações sobre mais de 214 mil empresas “offshore” em mais de 200 países e territórios.
O semanário Expresso e o canal de televisão TVI são os meios de comunicação portugueses que fazem parte do consórcio que está a investigar o caso.
ZAP / Bom Dia
Comentário:
quem viveu anos acima das suas possibilidades? Quem destruiu o País, quem foi?
Por que razão veio para o FMI e outros abutres da dita CEE para esmagar o POVO?
Não há justiça que pegue nesta espécie de gente, nem finanças que os vergue
perante o dever de pagar os impostos que são devidos?
Os
pobres, esses estão sempre debaixo da mó, nem sequer têm a possibilidade de
viver com a dignidade que se lhe impõe, aliás, a que todos têm direito. Se um
pobre furta uma lata de atum para comer, um pão, é tratado como um ladrão, um
sem vergonha, é levado à barra do tribunal onde muitas das vezes é ofendido, enviado
para a prisão se não tiver condições financeiras para pagar as taxas de
justiça, as multas, etc. etc., enquanto os abutres que agora vêem ao de cima, passeiam-se
por ai de peito feito, vaidosos, com sentimento de impunidade.
Quem nos
garante que os bancos que foram levados à ruína, não foi tudo arquitectado?
Para onde foi enviado o dinheiro? Foi triturado? Queimado? Rasgado? Foi pelo
cano de esgoto?
Admiravelmente,
esta gente caminha aos domingos para a missa, batem com a mão no peito,
comungam, e sei lá que mais.
Vão
certamente, um dia prestar contas a Deus, disso não me assiste a menor dúvida.
Sabem uma coisa? Sinto-me profundamente revoltado com esta roubalheira ao meu
País. Contudo, quando a morte os arrebatar deixam cá tudo para outros
desfrutarem.
J. Carlos
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