As manifestações, no Porto, Castelo
Branco, Lisboa, Faro e Funchal, foram dinamizadas pelo Grupo Ação Motociclista
(e também divulgadas pela Federação de Motociclismo de Portugal - FMP), que
espera "muita gente, principalmente em Lisboa e no Porto," na tarde
de hoje, disse à Lusa um dos organizadores, António Francisco.
"O assunto - inspeção - está a
mexer com os motociclistas, nomeadamente porque corta a liberdade que significa
andar de mota", disse António Manuel Francisco, da Comissão de
Mototurismo, da FMP, acrescentando que na Assembleia vão estar deputados para
receber o manifesto.
A intenção de o Governo alargar a
inspeção periódica obrigatório a motos foi anunciada em maio, não pelo
executivo mas pelo presidente da Associação Nacional de Centros de Inspeção
Automóvel, Paulo Areal, que adiantou até que a medida entraria em vigor em
outubro.
Na altura uma fonte oficial do
Ministério do Planeamento disse à Lusa que não existia ainda uma data para a
entrada em vigor da iniciativa.
António Manuel Francisco disse à Lusa
não entender como é que é uma associação a anunciar aquilo que devia ser o
Governo a fazer, e acrescentou: "ninguém sabe como vai ser, se por exemplo
os inspetores vão ser obrigados a ter carta de moto ou não".
O Grupo Ação Motociclista considera que
a medida visa essencialmente extorquir dinheiros aos motociclistas e depois é
"uma ilegalidade" que vai "banir a circulação de motos".
De acordo com António Manuel Francisco o
que vai acontecer é o que já aconteceu no passado com automóveis, que foram
"banidos das estradas". No motociclismo, explicou à Lusa, acontece
muitas vezes a modificação das motos, com componentes que "os centros de
inspeção não vão aceitar", ainda que lá estejam "para dar mais
eficiência e segurança".
Segundo o manifesto, os motociclistas
não estão contra inspeções mas não aceitam que estas sejam movidas "por
meros interesses económicos", e querem preservar "a cultura
motociclista" e a "personalização de motos" que acontece muitas
vezes através de "processos de autêntica reciclagem de motos já fora de
circulação".
Segundo a FMP apenas 0,3 % dos acidentes
com motos são provocados por falha mecânica dos veículos e as inspeções vão
retirar das estradas todas as motos personalizadas ou minimamente alteradas.
Fonte e Foto: Lusa
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J. Carlos
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