terça-feira, 30 de agosto de 2016

ALEMÃES ESTÃO A TIRAR DINHEIRO DOS BANCOS E A GUARDÁ-LO “DEBAIXO DO COLCHÃO”


 
Sergis Blog / Flickr
As baixas taxas de juro que levam a uma menor – ou nula – remuneração das poupanças estão a fazer com que muitos alemães retirem o seu dinheiro dos bancos e considerem guardá-lo num local mais seguro: a sua própria casa.
A descida das taxas de juro do Banco Central Europeu arrastou consigo os juros pagos pelos bancos alemães aos seus clientes, o que fará com que alguns deles – os maiores depositantes – sejam obrigados a pagar para ter o seu dinheiro nas instituições.
A partir de 1 de setembro, o banco Raiffeisenbank Gmund passará a cobrar uma taxa de 0,4% sobre depósitos superiores a 100 mil euros, algo que vai afetar mais de 140 clientes.
De acordo com o Wall Street Journal, num país onde 80% das transações são feitas em dinheiro vivo e em que outras alternativas de investimento escasseiam, a atitude da população é guardar o dinheiro “debaixo do colchão“.
“Quando o banco me diz que tenho de pagar juros sobre os meus depósitos, pego nos 50 mil euros ou no que for e ponho-os debaixo da almofada ou compro um cofre e guardo o dinheiro lá dentro,” afirmou a empresária Dagmar Metzger ao jornal.
“Não rende ter o dinheiro no banco, e ainda por cima cobram-nos sobre esse dinheiro”, justificou também Uwe Wiese, um reformado de 82 anos que guarda 53 mil euros num cofre, em casa.
Segundo Dietmar Schake, o chefe de vendas da maior fábrica de cofres da Alemanha, Burg-Waechter KG,  a empresa já registou um aumento de 25% nas vendas de cofres caseiros no primeiro semestre deste ano em comparação com o ano anterior.
Para além da população, os próprios bancos seguem o mesmo caminho: a resseguradora Munich Re vai armazenar 20 milhões de euros em dinheiro num cofre, juntamente com barras de ouro da instituição.
No entanto, segundo o Zero Hedge, apenas 10% dos cidadãos que se dirijam aos bancos alemães conseguirão obter todo o seu dinheiro físico para, posteriormente, o guardarem no seu cofre pessoal.
BZR, ZAP
Comentário: já me dizia o meu avo: a prudência ficou viúva e o seguro morreu de velho. Já se lá vai o tempo em que valia a pena colocar o dinheiro nos bancos, agora nem nos bancos está seguro vs garantido. Desaparece e, não se encontram os culpados.
J. Carlos

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