Novo
Regime de Arrendamento Urbano entra em vigor na quinta- feira e deverá manter
as rendas congeladas por mais cinco anos.
O
Governo quer introduzir alterações à lei do arrendamento e criar o estatuto de
“senhorio de cariz social”, uma maneira de incentivar os proprietários a manter
as rendas baixas.
Em
entrevista ao jornal “Público”, o secretário de Estado-adjunto e do Ambiente
diz que o objectivo é aliviar as famílias de classe média e média baixa,
grandes afectadas pela crise, mas que não cumprem os requisitos para obter
habitação social.
José
Mendes disse ao jornal que “entre os agregados que estão na habitação social e
aqueles da classe média que estão bem alojados e podem pagar renda, há uma gama
de famílias que, sobretudo nos últimos anos em que estiveram sujeitas a fortes
restrições no seu rendimento disponível, têm dificuldades em suportar uma renda
numa casa compatível com as suas necessidades”.
O
Governo está a “trabalhar para perceber qual é a dimensão desse segmento e
quais seriam as rendas admissíveis para esse segmento da população”, explicou.
Na
entrevista, José Mendes admite que o modelo preconizado pelo executivo
“aproxima-se um bocadinho” daquele que é praticado no Norte da Europa”, mas
alerta que “tem de ser feito de forma gradual e implica trabalhar com o mercado
de arrendamento, que foi relançado a partir do momento em que se acabou com o
congelamento das rendas”.
“Para
este processo, temos de chamar os senhorios, mas acreditamos que há espaço para
trazer alguma normalização ao mercado de arrendamento, a pensar nestas famílias
com dificuldades em suportar rendas para habitação condigna e compatível com as
suas necessidades”, salienta.
A
iniciativa resulta do acordo alcançado entre Governo, PS e Bloco de Esquerda
para rever o Novo Regime de Arrendamento Urbano, donde decorre ainda o
congelamento das rendas por mais cinco anos, segundo avança a imprensa desta
segunda-feira.
O
período transitório de protecção dos inquilinos termina em 2017, mas vai ser
alargado para dez anos, protegendo os inquilinos com mais de 65 anos, os
portadores de deficiência com um grau de incapacidade igual ou superior a 60% e
os inquilinos de lojas e entidades com interesse histórico e cultural.
rr.sapo.pt
expresso.sapo.pt
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