Tudo começa com um pedido. Este caso não é diferente. Pediram-me para falar um pouco sobre os temas que vão ser abordados no dia 11 de Outubro, mas acho esta tarefa particularmente difícil porque os especialistas são os oradores que vão estar presentes.
Não sou especialista em Segurança no Trabalho ou Psicologia, por isso não me atrevo a tentar falar sobre estas áreas porque tudo o que disser pode ser muito aquém do que a área realmente trata, ou simplesmente asneira (que será mais certo).
Mas então, porquê Segurança no Trabalho?
Desde criança vi o que um acidente de trabalho pode fazer no seio de uma família. Vi como famílias que estavam numa fase ascendente da vida passaram depois para uma fase descendente e foram obrigados a transformar a sua vida para viver uma nova realidade. Eu vi, sim eu vi os casos melhores e imaginei os piores. A imaginação é tramada, e só imagino os sacrifícios e a dor daqueles que tiveram de lidar com um acidente grave de trabalho.
Perdem-se vidas tanto com a morte como num acidente grave, basta não poder atingir aquilo que se sonhou.
Esta é a razão da MIRA na Segurança: que todos possam chegar a casa todos dias, sim talvez cansados, mas que possam abraçar as esposas, os maridos e dar um abraço bem grande nos filhos e, porque não, beber um copito com os amigos.
É uma obrigação de todos fazer com que as vidas das pessoas não descarrilem, que crianças cresçam com pais saudáveis e que todos possam ambicionar uma vida melhor que a geração anterior.
A Segurança é, muito antes da obrigação Legal, uma obrigação Moral.
Paulo Parracho