quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

16 DE FEVEREIRO DE 2017 E o Presidente? "Perguntou mil vezes" ou "cedeu a Costa?"

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Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director do Público
 
Um programa de Oprah derrubou um nomeado de Trump. E uma notícia também ajudou. O homem que quase foi para o Governo da América é suspeito de violência doméstica.
Foi detida uma segunda mulher na Malásia, por suspeita de envolvimento no assassinato do irmão do líder da Coreia do Norte. A notícia é de agora mesmo - e está ainda em desenvolvimento.
O Bayern teve uma noite mágica na Champions, garantindo praticamente o apuramento para a próxima ronda. Em Madrid as coisas não foram tão tranquilas
Por cá, foram encerradas 500 escolas em Setúbal, consequência de um incêndio de há dois dias. Na zona, o dióxido de enxofre está 500 vezes acima da média.

Hoje, as notícias são estas: 

Vamos à polémica da Caixa? Ontem à noite, Marcelo decretou "encerrada" a polémica da Caixa. Mas dois jornais do dia contam hoje versões diferentes sobre o seu papel na polémica com Domingues. Numa garante-se que "mil vezes perguntou ao primeiro-ministro se havia algum acordo para isentar a administração da CGD de entregar as declarações de património no TC"; noutra cita-se um sms de Centeno para Domingues dizendo que "o problema da entrega de declarações desapareceu", alegadamente porque Marcelo teria cedido à pretensão do gestor. Não podendo as duas versões ser verdade, qual foi, então, o papel do Presidente? (e diz o João Miguel Tavares, aqui no PÚBLICO: "Confirma-se: Marcelo também está metido nisto".
Ainda a Caixa: Carlos César diz que Centeno fica no Governo, que não leu os sms que levaram Marcelo a chamar Domingues e que a comissão de inquérito não tem o direito de pedir esses sms. E remata assim, na entrevista PÚBLICO/Renascença“Interessa muito mais a CGD do que a vida actual de António Domingues”.
Outra vez a Caixa: a direita aproveitou os desenvolvimentos do caso para concertar posições e atirar a Centeno. Mas os próximos desenvolvimentos prometem ser mais gravosos: a comissão de inquérito à CGD vai ficar sem presidente, com uma demissão em protesto de Matos Correia (um caso único na história do Parlamento). A Liliana Valente acompanhou as muitas horas da última reunião e escreveu uma crónica que hesito em qualificar de maravilhosa ou assustadora: "Pinos, cambalhotazecas e uma demissão em nome das minorias". É de ler (e tirar conclusões).
Um banco no... banco dos réus. É a nossa manchete de hoje: Tomás Correia e Montepio são arguidos em negócio de terrenos. As suspeitas, os 14 envolvidos e o caso dos terrenos em Coimbra são explicados pela Cristina Ferreira.

Um candidato a um banco que faz contas. Diz o Jornal de Negócios que o Lone Star está a dar por perdida a dívida de Angola ao banco e que também a operação da Venezuela tem valor zero.
Os partidos vão obrigar as empresas a contratar mulheres - para as administrações. Uma lei que vai ser hoje discutida na Assembleia dá às cotadas onze meses para contratar 45 gestoras (e são 121 até 2020). E põe metas altas também para organismos do Estado. As multas previstas são altas, explica a São José Almeida.
Do Governo vêm hoje novos poderes para os autarcas (mas só para os próximos). Dos três pilares do pacote legislativo, só uma parte terá a aprovação do PSD, mas outra terá garantido apoio à esquerda (o que resultará nisto). Para perceber melhor tudo, aqui está o que muda, uma das implicações (na Educação), o pomo da discórdia e as 1001 competências que o Estado já delegou.
O que se devia resolver era istoo atendimento no INEM demora o dobro do recomendado. Mais do dobro, na verdade.

Para ler até ao fim,

O xeque à "política russa" de Trumptexto do Jorge Almeida Fernandes que nos explica como a demissão de um conselheiro do Presidente e as notícias das ligações a Moscovo durante a campanha presidencial encurtam a margem de manobra da Casa Branca (a ler acompanhado pelo enquadramento da Rita Siza).
O fim da solução para a Palestina em poucas palavras. Mais noticioso, menos analítico, a Ana Fonseca Pereira conta-nos como Trump pôs fim a uma política defendida por administrações americanas durante duas décadas - a solução de "dois estados" para pôr fim ao conflito entre Israel e Palestina.
A chave da morte do irmão do ditador norte-coreano estará na China? O homicídio de Kim Jong-nam, meio-irmão do líder norte-coreano, Kim Jong-un, deixa mais perguntas do que respostas. Mas o João Ruela Ribeiro dá-nos algumas pistas para o crime da semana.
Um 'statement' português na Alemanha da disciplina orçamental. O Jorge Mourinha viu a estreia mundial de Colo, o filme português a concurso na Berlinale, e fala-nos de "um filme duro, difuso, comovente, perturbante sobre o que acontece às vidas normais quando a crise atinge o último reduto, o da família". Senhoras e senhores, eis Teresa Villaverde.

Hoje na agenda
  • Prepare-se para outra polémica: Cavaco Silva lança hoje um livro sobre a sua Presidência, contando as suas suspeitas sobre os negócios que Sócrates lhe contava da Venezuela (para além de muitas outras críticas e acusações). A apresentação está marcada para as 18h30, no CCB.
  • Na polémica do costume, a comissão de inquérito à Caixa reúne-se às 18h00. Só não sabemos se ainda terá presidente.
  • Marcelo tem quatro deslocações em agenda, pelo que vai ouvi-lo várias vezes hoje.
  • Em França, veremos se se encerra outra polémica: o Ministério Público vai dizer de sua justiça sobre o caso Fillon.

Só um minuto 

Para o avisar disto: com o novo modelo de vídeos, o Facebook vai tornar-se mais barulhento. O João Pedro Pereira conta porquê.
Curioso é o saudosismo que anda pela internet com os velhinhos telemóveis da Nokia. Depois de se saber do relançamento do Nokia 3310, os murais encheram-se destas imagens.
Parece outro mundo, não é? Bem, na verdade outro mundo é este.
Agora é hora de olhar para a frente, com os pés assentes na terra. Que tenha um dia produtivo e feliz. E conte connosco para o manter actualizado, sem perder pitada.
Até já!

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