Catarina Martins, desafia Governo a começar a inverter no próximo Orçamento do Estado "o gigantesco aumento de impostos" do anterior Executivo.
Negociações do Orçamento do Estado para 2018 vão ser difíceis, antevê Catarina Martins. Fotografia: Pedro Granadeiro / Global Imagens |
A coordenadora do BE, Catarina Martins, desafiou hoje o Governo a começar a inverter no próximo Orçamento do Estado “o gigantesco aumento de impostos” feito pelo anterior Executivo através da alteração dos escalões de IRS.
“Precisamos de garantir a continuação da recuperação dos salários, das pensões de todas as pessoas e isso consegue-se tendo a coragem de mexer nos escalões do IRS para começar a reverter o gigantesco aumento de impostos que foi feito por Vítor Gaspar [ex-ministro das Finanças]”, desafiou Catarina Martins, à margem da apresentação da candidatura do partido em Cascais, protagonizada pela antiga deputada do BE, Cecília Honório.
Para Catarina Martins, “o passo que vai ter de ser feito no próximo Orçamento do Estado” será “voltar a ter um IRS mais progressivo, com mais escalões” para que os trabalhadores por conta de outrem e pensionistas possam ter mais rendimento no final do mês.
“Se esse é um trabalho difícil, não pode ficar de lado e há que começar pelos rendimentos mais baixos”, apelou.
A coordenadora do BE afirmou que os trabalhos de preparação com o PS para o Orçamento do Estado de 2018 já começaram e antevê “negociações muito difíceis”.
“Não temos sempre as mesmas posições do PS, que normalmente hesita sempre antes de ter coragem de dizer alguma coisa que a Comissão Europeia não goste”, criticou Catarina Martins.
A coordenadora do BE salientou, contudo, que “a Comissão Europeia nunca quis aumento do Salário Mínimo Nacional e achava que os cortes nas pensões eram o único caminho”. -
“A força para que houvesse a coragem dessa mudança é a força do Bloco de Esquerda”, salientou.
No próximo Orçamento do Estado, além da revisão dos escalões do IRS, a coordenadora do BE quer ver também cumpridos compromissos já assumidos no atual Orçamento, “seja o descongelamento das carreiras, seja o plano nacional de combate à precariedade”.
“Mas precisamos de mais (…). Essa é a determinação do BE e esse é o caminho que fazemos, continuar a recuperação de rendimentos, parar o empobrecimento do país exige não parar sobre o que foi feito, mas ter a coragem de continuar”, desafiou.
Fonte: Dinheiro Vivo
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