domingo, 9 de abril de 2017

Espanha Polícia foi várias vezes ao hotel, estudantes negam destruição

A polícia espanhola disse, este domingo, que 1.200 estudantes portugueses causaram danos de milhares de euros num hotel na costa sul de Espanha e que nos últimos dois dias as autoridades tiveram de atuar várias vezes por distúrbios.
Uma fonte da polícia em Torremolinos disse à agência noticiosa EFE que nos últimos dois dias as autoridades tiveram de atuar em várias ocasiões no Hotel Pueblo Camino Real, perto da cidade de Málaga, onde estavam instalados os jovens portugueses.
A polícia diz que um grupo de cerca de 1.200 estudantes portugueses entre 14-17 anos causou estragos nos quartos na ordem dos 50 mil euros.
O hotel confirmou o incidente, mas recusou-se a comentar.
Ao que o JN apurou junto de alunos que estiveram alojados no Hotel Pueblo Camino Real, o segundo grupo foi forçado a sair antes do tempo. "Tiveram de sair antes, por ordem do hotel, às 12 horas espanholas [de ontem]", conta João Leite, finalista da Escola Secundária de Lousada que viajou para Espanha com 16 colegas e que fez o check-out com o primeiro grupo de estudantes.
Outro aluno da mesma escola, Luís Magalhães, conta que se apercebeu que "houve problemas" quando estavam a deixar o hotel. "O gerente apareceu bastante exaltado e chamou a Polícia. Vieram cinco ou seis agentes porque supostamente teria havido estragos". Pedro Mota, também de Lousada, confirma que existiram danos, mas garante que "a maior parte dos estudantes" que estavam alojados no hotel não se envolveram em problemas. "É injusto julgarem os estudantes portugueses por um todo. Por alguns terem atitudes desprezíveis não significa que todos sejamos desrespeitosos", queixa-se.
Há também muitos relatos que negam o cenário de destruição invocado pelo hotel.
Agência nega desacatos
A agência de viagens que organizou a ida dos estudantes nega, no entanto, que tenha havido desacatos e desmente a ordem de expulsão. "Os finalistas saíram no dia em que deviam ter saído, quando completaram as seis noites de hotel", disse ao JN o gerente da "Slide in Travel". Nuno Dias admite que o diretor da unidade hoteleira "manifestou desagrado algumas vezes" em relação ao comportamento dos jovens portugueses, queixando-se de "barulho", mas porque nunca tinha recebido viagens de finalistas antes.
"Os proprietários desconheciam o ambiente que se cria nestas viagens", argumenta o responsável, acrescentando que o que se passou - que classifica de "pequenos danos" - são "situações normais" entre finalistas. "Se o diretor do hotel não estava preparado para receber estas viagens nem para o barulho das festas de finalistas não devia ter aceitado acomodar este tipo de clientes", diz.
Segundo a "Slide in Travel", 500 estudantes fizeram o check-out do hotel anteontem à noite e outros 500 saíram ontem pelas 11 horas - "a hora programada" desde o início. Este segundo grupo passou o dia num parque de diversões em Málaga e esteve numa festa "de final de tarde", tendo regressado a Portugal ao fim do dia.
No sábado, o hotel onde estava alojado um grupo de 800 estudantes portugueses do ensino secundário disse à Lusa que expulsou os jovens por danos e vandalismo verificados nos últimos dias.
"Sim, destruíram muitas coisas, temos muito prejuízo, mas só vamos falar sobre isso na segunda-feira", disse fonte do hotel Pueblo Camino Real, em Torremolinos, que remeteu mais explicações para uma conferência de imprensa na segunda-feira.
Os estudantes portugueses do ensino secundário estavam no hotel durante uma viagem de finalistas.
O hotel localiza-se em Los Álamos, uma zona de Torremolinos, perto de Benalmádena.
Segundo o jornal espanhol El Pais, os jovens foram expulsos pela direção da estância balnear depois de terem "destruído azulejos, atirado colchões pelas janelas, esvaziado extintores nos corredores do hotel e colocaram uma televisão na banheira", entre outros danos.
Segundo o jornal, os responsáveis fizeram queixa junto das autoridades, alegando que nunca havia acontecido "nada igual".
Fonte: JN
Comentário: já me dado ouvir diversas versões sobre o que aconteceu vs. acontecimentos. Pouco ou nada adianta tentar branquear o sucedido, o certo é que nada daquilo devia acontecido.
Vergonha das vergonhas pelo menos para os que se prezam defender a boa imagem de Portugal. Sou um dos tais. Vamos pensar que o cenário se tinha particado em Portugal, cujos autores seriam espanhóis?  
J. Carlos

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