'Leões' sofrem surpreendente derrota diante da formação do Restelo e perdem oportunidade de ouro de se aproximarem do segundo lugar.
Este 'leão' definitivamente não gosta de acordar cedo. Vitória surpreendente do Belenenses em Alvalade, por 3-1, em jogo da 32.ª jornada da Primeira Liga, algo que não acontecia há 62 anos. Depois de uma primeira parte pobre em oportunidades de perigo, Bruno César inaugurou o marcador ao minuto 51, na sequência de um remate ao ferro de Bryan Ruiz, mas os azuis do Restelo conseguiram dar a volta com três golos em lances de bola parada, um de grande penalidade e outros dois assinados por dois defesas.
Sem grandes surpresas, Bryan Ruiz e Matheus Pereira integraram as opções iniciais de Jorge Jesus, com o costa-riquenho a jogar nas costas de Bas Dost, substituindo Alan Ruiz, que não joga mais esta época devido a lesão. Já o jovem brasileiro, que não alinhava pela equipa principal desde 18 de março, rendeu o castigado Gelson Martins.
No lado dos azuis, Domingos Paciência optou por reforçar o setor defensivo, operando quatro alterações: Dinis Almeida, João Diogo, Persson e Juanto ocuparam os lugares de Domingos Duarte (impedido de jogar por estar emprestado pelo Sporting), Miguel Rosa (ficou na bancada), Yebda (castigado) e Maurides (ficou no banco). A equipa do Restelo chegava a este jogo com sete derrotas consecutivas no ‘bolso’, pelo que era necessário redobrar cuidados na defesa, ainda mais com Bas Dost pela frente.
Naquele que foi o primeiro jogo matinal dos ‘leões’ da época, a equipa de Jorge Jesus demorou a entrar no ritmo, procurando criar algum perigo na área contrária, mas sem sucesso. De tal forma que o primeiro remate do Sporting só chegou perto da meia-hora de jogo: Bruno César lança Adrien na área, mas o capitão dos ‘leões’ atira ao lado da baliza de Ventura (27’). No lance seguinte, foi a vez de Bas Dost pressionar o guardião dos ‘azuis’, que acabou por chutar contra um adversário, mas a bola foi na direção da linha lateral.
Antes, contudo, o holandês já havia falhado na concretização das investidas de Matheus Pereira e Bruno César. A equipa de Domingos Paciência, por suz vez, permanecia acampada no seu meio-campo, mas ainda teve tempo de ensaiar dois remates – Vítor Gomes rematou à figura de Rui Patrício (10’) e mais tarde, cruzado, de fora da área (31’), a falhar o alvo. A poucos minutos do intervalo, alguns assobios nas bancadas de Alvalade mostravam o descontentamento dos adeptos com a exibição da equipa 'leonina', que tinha neste jogo uma oportunidade de ouro de se aproximar do segundo lugar, ocupado pelo FC Porto.
Foi preciso esperar pelo segundo tempo para que as duas equipas ‘despertassem’. Primeiro, o Sporting, com Bruno César a inaugurar o marcardor ao minuto 51: cruzamento de Bryan Ruiz, com a bola a bater na trave, para a recarga do brasileiro, ao segundo poste, a antecipar-se a Florent e a atirar para o fundo da baliza.
Os ‘leões’ foram de imediato à procura do 2-0, através de nova investida de Bryan Ruiz, a abrir para Matheus, no lado esquerdo da área, mas o brasileiro acaba por falhar o alvo. Em desvantagem, Domingos Paciência arriscou tudo e lançou Maurides, avançado que já fez sete golos em nove partidas esta época, para o lugar de Juanto.
O Belenenses tratou de correr atrás do prejuízo e logo depois de um livre de André Sousa por cima da barra, Bruno Paixão assinala penálti por mão na bola de Matheus Pereira. Na hora de converter, Abel Camará não vacilou e restabeleceu a igualdade em Alvalade, perante um enorme coro de assobios dos adeptos ‘leoninos’.
Jorge Jesus não perdeu tempo e apostou em Joel Campbell e Castaignos para o setor ofensivo. Foi precisamente o holandês, de 22 anos, o responsável pelo falhanço do jogo (80'), a aparecer isolado, perante a hesitação de Ventura, mas depois a atirar por cima, tendo apenas o guarda-redes pela frente. Ora os erros pagam-se caro e foi nesse seguimento que o Belenenses conseguiu chegar à vitória em Alvalade, algo que não acontecia desde 1955, com dois golos assinados por dois defesas: primeiro, Dinis Almeida a rematar de forma acrobática após livre indireto na esquerda (83'), depois Gonçalo Silva, novamente num lance de bola parada, com a bola a chegar a Maurides ao segundo poste, a colocar em Gonçalo Silva, que só teve de encostar.
Sapo
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