Hypro é a abreviação para High Protein, ou alta proteína.
Essencialmente, pessoas gordas ingerem muito carboidrato em relação a ingestão proteica, e as mulheres, regra geral, ingerem pouca proteína, daí... Elas simplesmente engordam... A briga com a balança é braba!
E a vida sedentária complica ainda mais... As mulheres precisam comer mais proteína ( a forma mais barata é um ovo cozido todo dia), e se exercitar um pouco mais.
Nós, e qualquer animal, nos sentimos saciados quando o cérebro percebe e sinaliza que a ingestão de calorias é suficiente. É assim porque calorias representam o combustível para energizar esta máquina que o cérebro comanda.
Por isso precisa haver equilíbrio calórico-proteico em qualquer dieta!
Há setenta anos atrás não havia soja no Brasil. Hoje, o grão dessa leguminosa é a salvação de nossa balança comercial e já somos o maior exportador mundial de soja em grão.
O grão de soja possui 20% de óleo. Quando você extrai o óleo, o que resta é o farelo de soja que pode conter de 44 a 50% de proteína bruta de alta qualidade.
Milho moído e farelo de soja moído constituem entre 80 e 90% das rações de aves e suínos no Brasil e no mundo.
O binómio milho e soja é perfeito para constituição de rações animais.
Se a soja for via farelo de soja hypro, aí é uma beleza!
Farelo de soja hypro é o farelo processado sem a casca do grão de soja. Casca é para proteger a semente e tem baixíssima proteína então se a eliminamos, o valor proteico do produto industrializado sobe.
Feedstuffs é um jornal produzido nos USA que recebia todas as semanas nas décadas de 70, 80 e 90. É um jornal que traz toda a informação para aqueles que produzem ou trabalham com rações, desde as recentes pesquisas com necessidades nutricionais dos animais, até as novas tecnologias de processamento e maquinário. Eu lia muito sobre as vantagens industriais do farelo de soja hypro... Mas não havia este farelo no Brasil... Nosso produto tinha de 43 a 45% de proteína bruta.
Comecei a mostrar as vantagens do farelo de soja Hypro a Empresa onde eu trabalhava. O impasse principal era: O que fazer com a casca?
Ora, a casca é produto orgânico... Pode ser jogado na lavoura que se transforma em adubo, ou pode ser jogado para queimar nas fornalhas de caldeiras que todos os frigoríficos possuem... Pode ser vendido...
Não pode fazer parte do farelo de soja que usamos nas nossas rações, era o que eu argumentava.
Foi uma longa batalha... Mas após cinco anos a Sadia começou a produzir Farelo de Soja Hypro, e a Empresa encontrou excelentes mercados para o excedente deste produto, principalmente na Alemanha e na Dinamarca.
Em 1994, duas grandes cooperativas destes dois países reclamaram da qualidade do produto que estavam recebendo e eu fui designado para ir para lá e conversar com os compradores.
Aconteceu uma reunião em Bremen, na Alemanha, e outra em Copenhagem, na Dinamarca.
Foi tranquilo... Apenas duas análises em mais de 550 análises, apresentavam valor do aminoácido lisina abaixo do esperado, porém dentro da variação permitida. Não havia nada a reclamar...
Mostrei todo o nosso processo de fabricação de farelo de soja hypro e nosso padrão de qualidade... Evidenciei porque nosso produto era
excelente... Disse-lhes assim: "A Sadia é o principal comprador desta matéria prima porque nós produzimos rações para nossos próprios plantéís de aves e suinos. A Sadia entrou no negócio Soja
essencialmente por causa das rações. Fiquem tranquilos!"
Quatro anos depois encontrei casualmente um colega da Sadia no restaurante de um Hotel em Toledo Pr, e conversamos rapidamente... Na despedida ele virou para sua esposa e disse a ela: "Este é o cara que conseguiu colocar o Hypro na Sadia... Esta é uma vitória que ninguém pode lhe tirar, não é, João..."
Foi muito bom ouvir aquilo...
Aqui vale recordar Ghandi: " Há dois tipos de pessoas. Aquelas que
fazem as coisas acontecerem e aquelas que alardeiam e levam os louros.
Prefira sempre estar entre os primeiros... Há menos competição lá."
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