Sustentabilidade é um termo que surgiu em razão dos problemas ambientais que assolam o planeta. E origina-se de sustentar-se por si, isto é, viver, produzir e progredir sem prejudicar o ambiente em que vivemos.
Sustentabilidade é, portanto, uma utopia; porém, podemos sim viver, produzir, progredir e desfrutar o melhor desta terra, com um mínimo de agressão aos muitos ecossistemas que nos rodeiam e nos suportam.
Existe conhecimento para isso. Mas, haverá consciência? Parece que não! A ganância é maior que a previdência...
É conveniente recordar a historia para não incorrer em erros crassos. Recordemos, pois a revolução industrial ocorrida no mundo (ênfase para os USA), na virada para o século XX. Automóveis passam a ser fabricados em série, máquinas para diversas finalidades chegam aliviando o labor de operários. O invento de Santos Dumont, deu ao homem o poder de voar. E cerca de setenta anos depois pisar pela vez primeira o solo lunar.
Um progresso fantástico! Parabéns, Homo sapiens!
Mas nos tornamos vítimas de muitos resíduos, muito lixo horroroso, muitos gases estranhos, muitos agentes poluidores, muitos radicais livres, gerados na produção de energia que movimenta todas estas máquinas extraordinárias.
E passamos a viver num mundo poluído!
Estamos com mais de sete bilhões de passageiros nesta aeronave chamada Terra e a revolução industrial tem apenas 115 anos, ou seja, nada na cronologia do homem, sobre a face deste planeta.
Pelas hecatombes observadas, já fizemos um espetacular estrago.
A geração de energia exige demanda de recursos naturais e demanda de recursos combustíveis. Tivemos no início a força do vapor, através o uso intensivo de lenha e do carvão vegetal e/ou mineral. Especialmente no período compreendido entre as duas grandes guerras mundiais, a força motriz da industrialização eram usinas movidas a carvão.
Na virada da segunda grande guerra, o carvão foi cedendo espaço para o petróleo, o que se tornou sério problema para muitas nações (e extraordinária fonte de riqueza para poucas), pela questão preço e pela questão residual.
Não por acaso, a Europa é a grande líder mundial na geração de energia limpa, renovável e sustentável. Na Ásia há que se render justa homenagem ao Japão, um país sempre muito responsável com o ambiente em que vivemos.
Mas o contraponto disso, é que a economia da China e a economia da Índia (para ficar só nestes dois), sustentam-se na geração de energia oriunda de usinas térmicas alimentadas com carvão. Altamente poluidoras, portanto.
Agora convenhamos, quem em sã consciência ousará dizer aos chineses ou aos indianos, que eles não podem continuar seu crescimento económico com este tipo de matriz energética?
Quem se candidata a arbitrar e taxar/punir um país poluidor? Quem tem moral para isso, sabendo de antemão que o mundo atual é dependente da não desaceleração económica destes países emergentes.
E precisamos sempre considerar, que uma questão séria é o espírito
belicoso dos homens mais fortes e poderosos. E é indubitável que o
utópico jogo da sustentabilidade, é um real jogo da força das armas. É duro, mas é assim! Sempre foi assim!
As guerras ao longo da historia da humanidade, mostram a força do
imperialismo e a urgente necessidade da conquista de recursos.
Por isso, o homem precisa domar sua ganância. Precisa ser incorruptível porque o corrupto é excessivamente carnal.
O homem precisa ser o sal da terra e a luz do mundo! Sendo puro e
dando sabor as coisas e a vida das pessoas.
Enquanto o homem não entender que é totalmente dependente de Deus...
Que é pó sem Deus... Enquanto não aquilatar sua pequenez frente à
força da natureza, as tragédias ambientais sacudirão e horrorizarão a humanidade. Como vem ocorrendo...
Nada se sustenta sem amor ao próximo e sem amor e temor a Deus... Mas o homem precisa cuidar mais e melhor do planeta... Sob pena de abreviar a sua presença por aqui...
Então, dê mais de si pelo seu planeta... Cuide mais da natureza que o cerca... Consuma menos... Plante árvores... Cultive seus temperos em sua própria casa...
E creia, quanto mais você der (segundo a direção de Deus), mais Deus lhe dará!
João Antonio Pagliosa
Escritor, palestrante e Engenheiro Agrônomo.
joaoantoniopagliosa@gmail.com
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