Instituição para doentes mentais funcionava no local. Foi a primeira dos EUA e operou até 1935
Os corpos de pelo menos sete mil pessoas que foram institucionalizadas num centro de tratamento para doentes mentais estão enterrados debaixo do campus da Universidade do Mississipi, nos EUA. Os primeiros cadáveres foram descobertos em 2013, altura em que a universidade começou obras para construção de uma estrada nas imediações, mas só agora foi possível chegar ao número final de mortos ali depositados.
Segundo a BBC, os corpos estão enterrados numa área com cerca de 4000 metros quadrados, onde os administradores da universidade previam iniciar construção de novos edifícios. Os responsáveis estimam que sejam necessários até 21 milhões de dólares, cerca de 19 milhões de euros, para exumar e voltar a enterrar todas as pessoas, mas o centro médico do campus está à procura de alternativas mais baratas.
Os professores de medicina da universidade querem ainda criar um laboratório e um memorial para honrar os mortos, sendo que os cadáveres seriam entregues aos alunos para que os examinassem. Um grupo de académicos formou mesmo um consórcio para analisar os restos mortais dos doentes do chamado Insane Asylum - em tradução literal, asilo dos loucos - para onde eram enviadas as pessoas com perturbações mentais. Foi a primeira instituição do género nos EUA, que abriu em 1855 e operou até 1935.
Antes do Insane Asylum, os doentes eram mantidos em jaulas ou nos sótãos das habitações.
De acordo com os registos disponíveis, em cada cinco doentes que eram ali hospitalizados entre 1855 e 1877, mais do que um acabava por morrer.
Depois de ter descoberto os primeiros cadáveres em 2013, em 2014 a universidade - que se encontra no terreno onde antes funcionava o hospital - encontrou mais de mil caixões no local onde estava a ser construído um parque de estacionamento.
Fonte: DN
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