terça-feira, 9 de maio de 2017

Comunicado à imprensa nacional: Associações de dadores de sangue sem dinheiro para fazer face às despesas


Dr. João Paulo Almeida e Sousa,
Presidente do Conselho Diretivo do IPST, IP
É do conhecimento geral que vivemos tempos que nos dificulta defini-los vs caracterizá-los. Ninguém está imune às suas influencias e consequências, muitas delas provocando profunda indignação. 

O conteúdo do Boletim Informativo que acabei de receber cuja edição é da responsabilidade da Associação de Dadores de Sangue do Distrito de Viana do Castelo, transmite-nos um pequeno reflexo do descontentamento que se faz sentir em alguns dirigentes associativos na área da dádiva de sangue. Deve ser lido para se compreender as causas.

Sabemos que roma e pavia não se fizeram num dia, mas, já somamos 5 meses que o novo presidente do Conselho Directivo do IPST assumiu funções, sem que se notem inovações nesta área. 

Recordamos o que escreveu na sua mensagem de Ano Novo:  "Numa época da nossa vivência coletiva marcada pelos interesses individuais, em que o egoísmo faz perigar as diversas iniciativas de voluntariado em prol do bem comum e de causas sociais, é de relevar o excecional papel das Associações e Federações de Dadores na dinamização e mobilização dos cidadãos para fazerem a sua dádiva de sangue".

Não se compreende o atraso das transferências dos apoios financeiros, cujos contratos já assinados há muito. Admite-se que haja associações que tenham fontes de receitas, mas, no caso da ADASCA não, depende inteiramente do IPST.

Mais: "O IPST reconhece que as vossas Associações são parceiros activos e empenhados na dádiva voluntária, contribuindo para a manutenção das reservas de sangue e seus componentes, que são de valor estratégico para o País". Não se deve estragar o sentido das palavras, devem ser consequentes.

Será que à falta de aprovisionamento de verbais para cumprir com o acordado? Como podemos fazer face aos compromissos financeiros? Mais, os valores a receber são respeitantes aos resultados alcançados durante o ano de 2016.

De Janeiro do ano em curso até ao presente dia sem apoios, quem sobrevive? Portanto, a indignação contida no Boletim em Anexo deve ser encarada como indignação séria, quiçá, revolta na medida que do nosso lado o IPST sempre contou com a nossa disponibilidade.

As portas mantém-se abertas, o planeamento de colheitas não sofreram alterações. Que mais esperam de nós? Existem dirigentes já a pensar na cancelamento de sessões de colheitas, o que é preocupante. Não podemos continuar a ser vistos por cima dos ombros, menos ainda como os maus do cenário.

Cumprimentos,

Joaquim Carlos
Presidente da Direcção da ADASCA
964 470 432
O referido Boletim pode ser lido através do site: www.adasca.pt 

NB: sou um dos que tenho vindo a colocar dinheiro do meu bolso, já com a fama da ADASCA ser caloteira. A Lei que regulamenta a atribuição dos apoios financeiros da parte do IPST deve ser alterada, porque conforme se encontra penaliza quem trabalha em prol da dádiva de sangue.

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