terça-feira, 9 de maio de 2017

PORTUGAL À SOMBRA DE AMBIGUIDADES AINDA NÃO ULTRAPASSADAS – IV


Martinho Júnior | Luanda 

Em saudação aos 60 anos do MPLA, aos 52 anos da passagem do Che por África e aos 43 anos do 25 de Abril… e assinalando os 50 anos do início do “Exercício ALCORA” e os 50 anos do início da Guerra do Biafra.

7- As primeiras operações em África após a IIª Guerra Mundial, em que foram evocadas e usadas“coberturas humanitárias” para fazer a guerra (o que corresponde a uma verdadeira “banca de ensaios” para o que se passa hoje com as sucessivas intervenções da NATO e do Pentágono no mundo) foram realizadas por via dos suportes do colonialismo português e do “apartheid” a intervenções mercenárias no Congo e no Biafra num jogo que possibilitava também o uso de forças regulares.

O francês Bérnard Kouchner, fundador dos Médicos Sem Fronteira e Médicos do Mundo, iniciou-se no Biafra (1967/1970) como médico da Cruz Vermelha Internacional e, ao longo de décadas, foi refinando os conceitos de ajuda humanitária, enquadrando-os por fim nas regras do capitalismo neoliberal, aproximando-se até de George Soros e sendo um dos mentores do “direito a proteger”que levaram à ingerência agressiva na Líbia em 2011 e na Síria desde 2013, aproveitando a“Primavera Árabe” e o mosaico étnico e religioso sírio (um processo de tentativa de balcanização), num processo que conduziu ao caos e ao terrorismo da conveniência dos neoconservadores do núcleo duro de falcões da aristocracia financeira mundial na Líbia, por todo o Sahel (até à Nigéria e República Centro Africana) e na Síria como no Iémen (encadeado de guerras correntes no Oriente Médio)…

No Congo, no início da década de 60 do século passado, foi o território angolano (sob o beneplácito das autoridades coloniais portuguesas) que foi utilizado para o fluxo mercenário na direcção ao Katanga, Kassai e Kivu.

Em direcção ao Biafra (1967/1970) a ilha de São Tomé foi o território “privilegiado”, cobrindo a maior parte das operações mercenárias com a ajuda humanitária, mas também houve acções a partir de Lisboa e de Bissau, algumas delas passando por “corredores especiais” em África.

No livro “A guerra secreta de Salazar em África – Aginter Press, uma rede internacional de contrassubversão e espionagem sediada em Lisboa”, o diplomata que é seu autor, José Duarte de Jesus, que esmera nas referências às comunicações e contactos diplomáticos na forja dos planos relativos ao Biafra, detalha:

“Havia um triângulo de ajuda estabelecida ao Biafra – Lisboa-São Tomé-Biafra.

Fernando Pó, como entreposto para a ajuda espanhola e a Guiné-Bissau constituíam pontos de apoio ao triângulo”…

Angola seria depois o território-albergue dos “gendarmes Katangueses” (os “Fieis”), tal como para alguns dos rescaldos da saga “barotse” da Zâmbia (os “Leais”), nomes escolhidos a dedo para quem tão frequentemente evocava a “civilização cristã-ocidental”.

Alguns investigadores explicam que o mercenarismo em África resultou do final do que tem sido considerada como Guerra Fria, o que não é verdade… chegariam à minha conclusão se tivessem observado as pistas doutrinárias e ideológicas, como as pistas (sequelas) dos colonialismos francês, britânico, belga e português, assim como do “apartheid” nas suas origens, relacionamentos e derivas em África, incluindo as pistas dos seus serviços diplomáticos e de inteligência.

O mercenarismo moderno advém das guerras napoleónicas e desde então jamais parou, com novas metamorfoses, agregado aos poderes dominantes (por vezes em função das contradições entre eles), propiciando o ambiente favorável a todo o tipo de ingerências e operações de inteligência no “corpo inerte”, até por que em grande parte os mercenários são componentes activos das “redes stay behind” da NATO (é só constatar os seus curriculuns).

Os mercenários guiados muitos deles pelos sistemas de inteligência das potências (incluindo de muitos jogos de ingerência dos rodesianos e sul-africanos no tempo do Exercício ALCORA), eram partícipes nos ambientes carregados de tensões e contradições, que lhes garantiam “ad eterno” o viveiro e o soldo.

O material excedente da IIª Guerra Mundial que fez trânsito pela NATO, foi utilizado pelas potências coloniais e pelo “apartheid” para os “jogos africanos” em que estiveram envolvidos, tal como uma parte das “redes stay behind” da NATO, a partir das quais foi possível, por exemplo, estabelecer os conceitos de “luta contra-subversão”, em relação aos quais os mercenários têm também tudo a ver.

Quando em 2011 os aviões da NATO bombardeavam a Líbia, publiquei uma série sob o título “Há 50 anos aviões da NATO bombardeavam em Angola”… teria sido oportuno os historiadores que realizaram o trabalho do “ALCORA – O acordo secreto do colonialismo”, relembrarem os vasos comunicantes que a partir da NATO e da Europa, possibilitaram o fortalecimento da internacional fascista no sul do continente, algo com que os sucessivos Governos portugueses após o 25 de Novembro de 1975 jamais publicitaram, ou denunciaram, até por que os conceitos da NATO continuaram em vigor e são perceptíveis nas divagações dos “experientes” analistas e estrategas militares portugueses de hoje, inclusive em suas intervenções televisivas correntes que visam formatar as mentes tornando-as moldáveis aos interesses que servem.

Os autores do “ALCORA – O acordo secreto do colonialismo”, Aniceto Afonso e Carlos de Matos Gomes, a pag 294 relembram:

“… Para a África do Sul o estado a que chegara o Exercício ALCORA foi o culminar de um longo caminho para impor um acordo de segurança regional aos seus vizinhos.

Segundo o historiador sul-africano Sam C. Nolutshungu, este caminho teria sido iniciado ainda antes da Segunda Guerra Mundial, com Jan Smuts como Primeiro-Ministro da África do Sul, quando desenvolveu a ideia da Comunidade Britânica e viu ser aceite, ou pelo menos não negado, o conceito de uma Grande África do Sul, que incluiria os territórios da Rodésia do Sul (Rodésia/Zimbabwe) e do Sudoeste Africano (Namíbia), tendo como objectivo proteger os interesses da população branca.

Foi esse o conceito em que assentou a Carta de África proposta pelo Dr. D. F. Malan, assinada em Maio de 1963 e a sua componente de defesa e segurança, o Tratado de Simonstown.

(…)

Com a Carta de África e o Tratado de Simonstown, a África do Sul oferecia-se como cabeça-de-ponte da civilização ocidental aos então poderes coloniais em África.

Com o acordo estabelecido em 1970/1971 entre a África do Sul, Portugal e a Rodésia, a que foi dado o nome de Exercício ALCORA, a África do Sul promovia a evolução dos mesmos princípios da Carta de África e dos mesmos interesses em termos de segurança e defesa, agora adaptados aos novos tempos e a novos actores políticos.

Em Portugal, esta nova realidade, que era a aliança militar com a África do Sul e a Rodésia, foi sendo conhecida num âmbito sempre muito restrito, mesmo no interior das Forças Armadas!”

É claro que isso permitia aos políticos do Estado Novo, como depois e até aos nossos dias, versatilidade enorme.

Em benefício das suas próprias capacidades, tinham os políticos afins, à sua inteira disposição, um campo de manobra amplo, promíscuo e adaptável tanto ao exercício ALCORA enquanto ele durou, como às filtragens típicas do “diktat” da NATO, desde a sua fundação.


A pista doutrinária, ideológica e histórica conduz-nos ao ambiente promíscuo que proporcionava as tensões que favoreciam por sua vez os serviços diplomáticos e de inteligência do colonialismo português e do “apartheid”, pelo que a utilização de mercenários desempenhou um papel importante na criação dos “affaires”, pelos aspectos desestabilizadores nas conexões que permitiam com“rebeldes” africanos que eram autênticos fantoches no quadro dessas ingerências e para camuflagem operacional, até por que muitos desses mercenários eram afectos aos interesses que nutriam as principais entidades do “Le Cercle”, (ao nível dos interesses das casas Rockefeller e Rothschield), constituindo muitos deles elementos das “redes stay behind” da NATO.

Em “Mercenaires S.A.” de Philippe Chapleau e François Misser, há sobejas notas que corroboram essa constatação.

A título de exemplo e para não me tornar fastidioso, no que diz respeito ao Biafra e ao Congo, traduzo esta nota (“Des mercenaires au service de l’apartheid”, pag. 58):

“…O regime do apartheid não se contentava em importar assistentes técnicos estrangeiros.

Apoiava igualmente múltiplas operações mercenárias.

Em 1968 na guerra do Biafra, a África do Sul forneceu armamento aos secessionistas.

O embarque fazia-se em Walvis Bay, na Namíbia, num velho navio de cabotagem chamado Mi Cabo Verde, cujo dono não era senão um… Bob Denard!

O mercenário francês, conduzido para o efeito por Gilbert Bourgeaud, lembra-se de ter efectuado cinco viagens.

Essas armas serviram para equipar os secessionistas, assim como os mercenários franceses, italianos, sul-africanos e outros, que serviam nas suas fileiras.

Alguns de entre eles estavam no terreno graças ao próprio Bob Denard, em resultado de suas antigas amizades.

Serviram com ele no Katanga em 1964 contra os rebeldes mulelistas no Congo ex-belga, quando Mike Hoare comandava os 350 sul-africanos do 5º Codo do exército nacional congolês”…

Na altura das operações o papel da África do Sul era mantido muito secreto, pois as contradições com as grandes potências por causa do “apartheid” assim o exigiam.

Os colonialistas portugueses por seu turno ofereceram territórios seus (Angola e São Tomé e Príncipe), para as operações de mercenários no Congo como no Biafra, antes do Exercício ALCORA e “lubrificando” o sistema de alianças, ingerências, doutrina sobre operações encobertas e… “guerras secretas”!

Mesmo assim havia pontos de fuga: graças aos bons ofícios dos serviços de inteligência britânicos, o general nigeriano Yakubu Gowon em Lagos, a 7 de Outubro de 1968, evidenciou que “o grande auxílio” ao Biafra era proveniente “de Portugal, Rodésia e África do Sul”…

… Quem nos serviços diplomáticos portugueses não esteve de acordo com isso, terá sido banido, conforme ocorreu com o José Duarte de Jesus, autor de “A guerra secreta de Salazar em África – Aginter Press, uma rede internacional de contrassubversão e espionagem sediada em Lisboa”.

Sendo menos secreto o papel do colonialismo português que o “apartheid” em relação ao Biafra (o governo português dava também cobertura envergonhada aos rodesianos e sul-africanos), uma vez que Portugal ficava exposto ao oferecer os seus territórios para tornar possíveis as conexões, quando os secessionistas perderam Port Harcourt e o acesso ao mar, chegou ao fim a “aventura” (o que prova quão subsidiário, ou vassalo, como queiram, era Salazar num “projecto” dessa natureza).

Como a Grã-Bretanha apoiou a Nigéria, houve mesmo assim algumas fricções entre os serviços de inteligência britânicos e portugueses, com a PIDE nos seus escalões intermédios e “no terreno” a ser apanhada no alheio, não se chegando contudo a evocar a aliança… só por que a guerra do Biafra foi de curta duração.

No caso dos mercenários portugueses, a PIDE/DGS foi mantida “fora do circuito”, o que indiciava um outro escalão de diplomacia e inteligência envolvido no assunto, pelo menos na “plataforma” da Guiné Bissau, onde o general Spínola garantia operações de todo o tipo (“Aginter Press”).

As experiências mais valiosas da PIDE/DGS no quadro do exercício ALCORA, como os Flechas do Inspector Óscar Piçarra Cardoso, debaixo do olho das SADF ao longo do Exercício ALCORA, mereceriam aproveitamento pelo “apartheid”, traduzido desde logo nos Batalhões 31 e 32 que participaram na “Operação Savannah” contra Angola, em finais de 1975, na tentativa de colocar em Luanda o seu dilecto fantoche, Savimbi.

8- Detalho aqui e por que o ambiente promíscuo em África imediatamente anterior ao Exercício ALCORA é pouco conhecido, alguns extractos dos mercenários portugueses envolvidos na guerra do Biafra, mercenários esses que mais tarde voaram sempre em linhas de companhias oficiais e privadas portuguesas, entre elas a própria TAP (Artur Alves Pereira)… ninguém alguma vez contestou a sua “bravura”…. Nem o papel do Estado Novo nessas andanças, inclusive depois do 25 de Novembro de 1975.

É evidente que por outro lado, os portugueses poucas referências vieram a fazer sobre a origem e aquisição dos equipamentos com que foram fazendo a guerra… nem se sabe se eles vieram a pagar a dívida do armamento recebido da África do Sul durante o Exercício ALCORA.

As autoridades portuguesas ao permitirem este tipo de coisas encobertas, envergonhadas e promíscuas, foram ao longo de décadas cúmplices, pelo que é essa uma das razões e provas de sua constante ambiguidade, salvaguardada pelas doutrinas e ideologia do “Le Cercle”, salvaguardando por tabela a “civilização cristã ocidental” contra a “ameaça comunista”, algo que fazia parte da superestrutura ideológica do Estado Novo, como dos Governos após o 25 de Novembro de 1975.

O nome de Artur Alves Pereira seria citado em Angola no Processo 105/83, por alguns traficantes de diamantes portugueses e angolanos e por alguns dos comandantes da TAAG (Machado Jorge e Adolfo Lopes Esteves) e pilotos (Fernando Mendes da Silva, “Colorau” entre outros), também arguidos desse processo.

Enquanto Comandante da TAP, Artur Alves Pereira fazia a rota “privilegiada” entre Kinshasa e Lisboa, indo também por vezes a Bruxelas e Luanda, pois era um dos “correios-expressos” dos traficantes, incluindo alguns ao nível dos interesses de Mobutu, onde pontificava o luso-zairense João Nunes Seti Yale (falecido a 16 de Março de 2013 em Bruxelas e inumado em Portugal)…

Não era só a TAAG a “camanga airlines”; entre as concorrentes a TAP e a SABENA eram mesmo tão ou mais importantes que a TAAG, percebendo-se bem o porquê: entre outras coisas a “qualidade curricular” de alguns dos seus pilotos profissionais!...

“Em Julho de 1969 o seguinte pessoal ex-FAP foi contratado pela Biafra Air Force para operar uma esquadra de T-6G.

- Pilotos: Gil Pinto de Sousa (P1/62), Artur Alves Pereira (P1/62), José Eduardo Peralta (P1/62), Armando Cró Brás (P2/62) e mais tarde (Outubro) José Manuel Ferreira da Cunha Pignatelli (P2/62).

- Mecânicos: Faustino Borralho e Jorge Câncio.

As condições salariais dos pilotos eram: salário base de US$ 1.000/mês enquanto fora do Biafra e US$ 3.000/mês quando no teatro de operações. Um prémio extra era pago por cada missão de combate variando o valor com o tipo de objectivo e resultado alcançado. Por cada voo de translado os pilotos recebiam um prémio de US$ 1.000.”

(…)

“O responsável da PIDE informou-os que a ajuda portuguesa não deveria incluir cidadãos portugueses na operação de aviões de combate e que os pilotos estariam expressamente proibidos de operar os T-6G.

Imediatamente os pilotos dirigiram-se ao Coronel PILAV Manuel Diogo Neto, Comandante da Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné e Comandante da BA12 Bissalanca.

O Coronel Diogo Neto, na sua habitual atitude de Irmão Mais Velho de todos aqueles que tinham tido a honra de servir sob o seu comando e sendo ele próprio um Valente e admirador de valentia, resolveu dar o seu apoio à missão de ferry, depois do Comandante Manuel Reis, piloto-chefe da Phoenix, lhe ter assegurado que traria os pilotos de volta, após a chegada dos mesmos a Abidjan.”

(…)

“Alves Pereira descreve o ataque a Port Harcourt:

Port Harcourt fica a cerca de vinte minutos de voo a sul de Uga. Descolámos cedo ainda com a neblina típica africana, agarrada ao solo, o Zé à direita e atrás, com metralhadoras e foguetes 68.

Ninguém na frequência informou de MiGs no ar.

Sabíamos que iriamos encontrar a mais forte barragem de anti-aérea da Nigéria.

O factor surpresa era importante e só dava para uma passagem.

Agarrados às arvores, cheguei-me para leste para entrar com o sol pelas costas e rapidamente na minha frente aparece o descampado imenso de Port Harcourt.

Vejo uma pista enorme e para lá da pista, a placa militar com quatro MiG 17 bem parqueados e por detrás, hangares com aviões lá dentro.

Chego-me para a direita para os tentar varrer com um passe e berrei para o Zé, MiGs na placa!. Nariz em baixo, MiGs bem centrados e à volta, embora de dia, tracejantes e estrondos de rebentamentos por todo o lado.

Encolho-me, boost para a frente e aí vão dois 68 e uma rajada.

Ok! Baixo o nariz mais um pouco, e vai uma, duas salvas de 68 e as rajadas das metralhadoras.

Vejo na minha frente os rockets a baterem à volta dos aviões, parecia que nada sucedia e de repente só vejo labaredas e fumo negro.

Desvio-me e aponto ao hangar mais próximo. “Será que ainda tenho rockets?” Ainda tinha!

Desvio-me dos edifícios, baixo o nariz o pouco que podia e saio no rasante mais rasante que alguma vez fiz, ao cabo da pista, sobrevoando o capim apontado a sul e ainda hoje me lembro de ver dois soldados agarrados a uma anti-aérea quádrupla, na minha asa direita, sem poderem fazer nada e eu dizer-lhes adeus.

Saí na direcção da ilha de Bonny (para evitar) e já sobre o mar, sentei-me melhor, reduzi o boost e olhei para Port Harcourt à procura do Zé.

Vi o avião do Zé no ar, via os rebentamentos à volta dele e pensei que ele não ia escapar.

A nuvem de fumo negro era um espectáculo!

Era a altura de relaxar e pensar no regresso.

Olhinhos bem abertos no horizonte à procura de MiGs, vou entrar pelo delta do Niger, subo o rio a rapar e aterro em Uga se não houver MiGs no ar.

Tinha horror de ser apanhado na final por um bicho desses.

Aterrei dez minutos depois do Zé”…

A partir do Congo e do Biafra novos conceitos foram introduzidos nas abordagens da NATO e de seus membros, em termos de guerra, conceitos que também alimentaram o “apartheid”, inclusive nos termos do recrutamento de muitas das suas unidades, ou de grupos mercenários, que intervieram em Angola e noutras partes do mundo após a queda do colonialismo português, algo que também não foi posto em causa pelos governos portugueses do após 25 de Novembro de 1975.

O colonialismo português e o “apartheid” tinham pois todos os motivos para dar início ao exercício ALCORA e os enlaces humanos (alguns deles expressivos no tráfico de diamantes) que esses ambientes foram sucessivamente propiciando ao longo de décadas, resultaram em constantes aproveitamentos em todos os sectores de relacionamento de Portugal para com Angola, influindo sempre no espectro da ambiguidade portuguesa até aos nossos dias!

A consultar de Martinho Júnior:
Eleições na letargia duma colónia periférica – http://paginaglobal.blogspot.com/2013/10/eleicoes-na-letargia-duma-colonia.html
Programa soft power da CIA contra Angola, passa por Portugal – http://paginaglobal.blogspot.com/2017/01/programa-soft-power-da-cia-contra.html
Neocolonialismo em brandos costumes e dois episódios – http://paginaglobal.blogspot.com/2017/03/neocolonialismo-em-brandos-costumes-e.html
Portugal à sombra de ambiguidades ainda não ultrapassadas – I – http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/04/portugal-sombra-de-ambiguidades-ainda.html
Portugal à sombra de ambiguidades ainda não ultrapassadas – II –http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/04/portugal-sombra-de-ambiguidades-ainda_30.html
Portugal à sombra de ambiguidades ainda não ultrapassadas – III – http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/05/portugal-sombra-de-ambiguidades-ainda.html
Série completa (8 intervenções) de “Há 50 anos aviões da NATO bombardeavam em Angola” – Página Global Blogspot –http://paginaglobal.blogspot.pt/

Outras fontes:
Lista de entidades do “Le Cercle” – https://isgp-studies.com/le-cercle-membership-list
La guerra secreta en Portugal – http://www.voltairenet.org/article170116.html

Imagens: Capa do livro “ALCORA – o acordo secreto do colonialismo”; “A guerra secreta de Salazar em África”, da autoria do diplomata português José Manuel Duarte de Jesus e de Inês de Carvalho Narciso; capa do livro “Mercenaires S.A.”; Nigéria Biafra, de Hélio Felgas; foto de Artur Alves Pereira entre alguns militares do Biafra, obtida na área de operações.

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