Mais de 43 anos após o 25 de Abril e 32 passados sobre a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE), ainda há algarvios que não têm acesso ao abastecimento público de água ou têm-no em condições deficientes.
Em face dessa realidade, há, nesta altura, um investimento forte de várias autarquias algarvias no sentido de suprir essas deficiências e fazer com que o precioso líquido chegue a toda a gente. Para o efeito, as câmaras em questão procuram aproveitar os fundos comunitários ainda disponíveis, em especial, o PO SEUR (Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos), que financia parte substancial (na ordem dos 85%) dos custos das empreitadas.
No passado dia 20 de Junho, a Câmara de Castro Marim lançou um concurso para a execução de um sub-sistema de adução e distribuição de água na freguesia de Odeleite. A intervenção poderá vir a custar 1,85 milhões de euros e envolve a construção de 5,6 quilómetros de condutas elevatórias, 21 quilómetros de condutas distribuidoras gravíticas e um reservatório de 200 m3.
No mesmo dia, também a Câmara Municipal de Silves lançou um aviso de abertura de concurso para a ampliação da rede de abastecimento de água nos sítios de Benaciate e Lavajo (freguesia de S. Bartolomeu de Messines). O valor-base do concurso é de um milhão de euros. A empresa que o ganhar fica com a obrigação construir condutas de distribuição de água numa extensão total de aproximadamente 13,9 quilómetros.
Em Maio, a Câmara de Alcoutim também viu aprovada uma candidatura de valor semelhante ao programa comunitário PO SEUR, que contempla a construção de infraestruturas de abastecimento de água a 13 localidades do concelho.
Juntando a estes concursos uma série de contratos já adjudicados por autarquias algarvias e publicados no portal «Base», chegamos à conclusão que, ao longo deste ano, o poder local algarvio já assumiu compromissos superiores a 5 milhões de euros em intervenções relacionadas com o abastecimento de águas.
Trata-se de um valor que será amplamente aumentado nos próximos tempos, uma vez que há várias câmaras municipais à espera de verem aprovadas candidaturas a fundos comunitários para avançarem com outras obras de construção, ampliação ou remodelação dos sistemas de abastecimento de água.
Fonte: O Algarve
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