Dharma (ou darma), é uma palavra do idioma antigo sânscrito que significa literalmente “aquilo que sustenta, que mantém“, mas é usado em significados mais amplos principalmente pelas escolas de sabedoria do Yoga e do Budismo. No Yoga, “Dharma” é a força régia da existência, a essência verdadeira do que existe, ou a própria Verdade, trazendo significados associados como a direcção universal que baliza a vida humana ou o devir pessoal. Quando acontece uma transmissão de compreensão, da Verdade, entre mestre e discípulo nessa tradição, diz-se que houve uma “transmissão do Dharma”. No Budismo, “Dharma” (ou dhamma) é a Verdade contida nos ensinamentos do Buddha Gautama, que também apontam na direcção do que é a Verdade — algumas vezes se fala em conjunto, “Buddha-Dharma”. Um dos principais livros do cânone budista que contém ensinamentos diretos do Buda se chama Dharmapada (ou dhammapada). Praticamente todos eles mantém uma certa coerência em essência que aponta para a “Lei Natural” ou a “Lei Cósmica”, num sentido amplo de toda a existência e não apenas o da realidade material visível. O dharma “indiano” também guarda semelhanças com o “Tao” chinês e com o “logos” ocidental.
O significado profundo de dharma não está nas palavras, mas na experiência, na observação verdadeira e na compreensão. Em termos de palavras, a Wikipedia tem uma boa definição. Três outras definições interessantes: “O caminho das Verdades mais altas“; “A ordem subjacente da Natureza (e portanto significa ‘o modo como as coisas são’)“; e “A realização de uma natureza inerente“. Não é teoria religiosa nem filosófica. Uma vida bem examinada e investigada, onde exista auto-conhecimento (como disse Sócrates), é uma vida que encontra a Verdade, que encontra seu caminho, que encontra o Dharma. Se o universo fosse um rio, o fluxo desse rio seria o Dharma.
Fonte: Dharmalog
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