David Dinis, Director
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Bom dia!
O MPLA reclama uma vitória "inequívoca" nas eleições angolanas - mesmo sem números e mesmo sabendo que só hoje ou amanhã é que os conheceremos. Também a comissão de eleições já veio dizer que tudo correu bem, apenas com "pequenas falhas". Enquanto não há mais dados, o mais fiável será ler os cinco curtos textos que hoje publicamos sobre os novos/velhos desafios de Angola, escritos por Ana Gomes, Ricardo Soares de Oliveira, Martins da Cruz, Ennes Ferreira e Albano Nunes.
Em Roterdão, foi cancelado um concerto devido a uma ameaça terrorista. O que sabemos é isto: foi encontrada uma carrinha de matrícula espanhola que transportava botijas de gás; que na mesma zona foi cancelado um concerto de rock devido a um aviso de ameaça terrorista comunicado pelas autoridades espanholas. O que não se sabe é se a ameaça que levou ao cancelamento do espectáculo e o veículo estão conectados. Mas tudo indica que o suspeito não está ligado ao atentado de Barcelona, acrescenta a Reuters. A notícia está aqui.
Na América, entregou-se um dos líderes supremacistas que organizaram a manifestação de Charlottesville, depois de a polícia ter emitido um mandato de detenção. Também se demitiu mais um membro do Departamento de Estado, em protesto contra a reacção de Trump ao que aconteceu. E dois líderes republicanos contrariaram o Presidente, criticando a sua ameaça de deixar o Congresso preso à decisão sobre o muro no México.
Porque a América também nos dá boas notícias, aqui fica a melhor das últimas horas: Jerry Seinfeld vai estrear um programa no Netflix, já no dia 19 de Setembro. Chama-se Jerry Before Seinfeld e promete um regresso aos seus primeiros anos na comédia.
O Sporting entrou na Champions pela porta grande. Na deslocação à Roménia. Pode dizer-se que Jesus foi Jesus, mas a verdade é que os leões marcaram cinco, dobraram a história e conquistaram os milhões. Agora virá um sorteio difícil, muito difícil.
No Público hoje
O Governo entrou em modo de resolver problemas. Um deles está na nossa manchete de hoje: Depois de um mês de "angústia", há mais 171 professores que entraram no quadro. Como explica a Clara Viana, os docentes tinham sido excluídos do concurso de vinculação extraordinária por alegados erros na contagem do tempo de serviço. No Ministério da Educação há mais uma garantia - a maioria dos técnicos especializados vai poder renovar contratos.
Ontem falou-se também de "alívio" no MAI: a ministra fez promessas ao SEF e conseguiu que fosse desconvocada a greve prevista para hoje e amanhã, que podia entupir os aeroportos.
Hoje, em Conselho de Ministro, serão finalmente aprovadas as novas regras para as reformas antecipadas. A Raquel Martins confirmou que elas serão alargadas à função pública e que entram em vigor a 1 de Outubro (sim, o dia das eleições autárquicas). Aqui fica um guia para saber o que muda. E também o nosso editorial, com um singelo conselho à esquerda: "Devíamos falar sobre pensões (com pés e cabeça)".
Mais difícil de resolver está um caso no SNS: as tréguas acabaram e os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica voltam, hoje, a suspender as suas funções em 28 blocos de parto. Em socorro, o presidente dos gestores hospitalares veio já ameaçar com processos disciplinares.
Num mistério está a negociação do OE2018. Para o PCP, ainda “há muita discussão para fazer”. E as conversas diárias com o Bloco mostram que o Governo não está distraído.
O Governo também não esteve distraído com a Porto Editora - que já retirou os manuais para meninos e para meninas do mercado. E parece mais focado no combate aos incêndios, avaliando pelas horas de voo extra que já contratou para minimizar a tragédia.
Nas estradas, há um problema a merecer também atenção: segundo o DNe o JN, 214 mil condutores usam o telemóvel nas ruas de Lisboa. Os dados vêm de um estudo da Prevenção Rodoviária Portuguesa, que será hoje apresentado.
Outra notícia que nos deixa tristes (e atentos): a Impresa pondera fechar a Visão e outras revistas, se não as conseguir vender até ao final do ano. Oxalá apareçam compradores.
Verão que é de ler...
Isto não é um Le Carré: os narcotraficantes já dominam muitas áreas do México. Agora, como nunca se viu, estão a infiltrar-se nas mecas dos destinos de férias, deixando cadáveres em malas de viagem à porta de condomínios exclusivos, incendiando discotecas com tiroteio. A bolha invisível que protegia os turistas estrangeiros está a ameaçar rebentar. O ano de 2017 pode ser o mais mortífero de sempre no México. Na origem pode estar a prisão e extradição do cabecilha do narcotráfico Joaquin “El Chapo” Guzman. A história conta-se assim.
Maria Antónia Oliveira apaixonou-se pelas biografias quando estava a escrever a de Alexandre O'Neill. Mas diz que "o estado de paixão é perigoso para escrever" - e acrescenta que não quer ser a biógrafa de um só biografado. A conversa com a Isabel Lucas, que hoje está no P2 Verão, é precisamente sobre isto: como é que se escreve sobre a vida dos outros?
E quantas vidas tem Vilar de Mouros? A resposta certa é que tem muitas. Hoje começa o festival que diz ser para avós, pais e netos. E com um cartaz de fazer saudades. Agora que chegamos ao final dos grandes festivais de Verão, o Mário Lopes lembra-nos que há mais dois palcos a convidarem a uma visita: em dois monumentos com séculos de história, com dois festivais de culto, garante ele.
Por aqui ficamos nós, sem conseguir ir dançar aos castelos, mas de portas abertas para si, prontos para as novidades do dia.
Que seja bom, o dia. E de sorriso rasgado.
Volte sempre. Até já!
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