O Executivo espanhol anunciou a decisão assumir o controlo das forças de segurança regionais da Comunidade Autónoma da Catalunha, de forma a impedir o referendo relativo à independência da mais rica das regiões do país.
O ministério espanhol do Interior (Administração Interna) comunicou ao Governo da Generalitat o envio de reforços do Corpo Nacional da Polícia, assim como de elementos da Guardia Civil para prestar apoio aos agentes da autoridade da região autónoma.
A medida implica que seja suspensas algumas das competência dos Mossos d’Esquadra, a polícia autónoma catalã, e está prevista na lei espanhola.
O mecanismo implementado pelo Estado espanhol deverá ser semelhante ao adotado durante as operações coordenadas que se seguiram aos atentados jiadistas de Barcelona e Cambrils (província de Tarragona) em agosto.
Tensão nas ruas de Barcelona
A decisão foi tomada depois das manifestações da passada semana contra as detenções de diferentes altos cargos do Governo catalão, dia 20 de setembro.
Pelo menos 14 pessoas foram detidas, numa operação das autoridades espanholas para averiguar possíveis responsabilidades nas preparação do referendo.
As manifestações em Barcelona a favor da realização do referendo relativo à independência da Catalunha, previsto para dia 1 de outubro, mas suspenso pelo Tribunal Constitucional espanhol, têm vindo a crescer em número e em grau de intensidade.
Depois das detenções, milhares de pessoas manifestaram-se diante do edifício do Conselho de Economia do Governo catalão (órgão correspondente a um ministério regional para a economia), destruindo veículos da Guardia Civil e impedindo a saída dos polícias do local onde tinha lugar a intervenção.
Nos dias que se seguiram à operação, multidões foram-se concentrado à porta do tribunal onde eram tomadas as declarações dos detidos.
Governo catalão recusa controlo de Madrid
Segundo o diário barcelonês La Vanguardia , o Governo regional da Catalunha recusa-se a acatar a cedência de competências ao ministério do Interior.
O conselheiro catalão para o Interior (Administração Interna) diz que a Generalitat procura assistência jurídica no sentido de saber qual a melhor forma de reagir às decisão de Madrid.
Joaquim Forn diz que “é intolerável que o Estado diriga operações policiais da Catalunha através de um alto cargo do ministério”.
Para o conselheiro da Generalitat, o Governo central procura, de facto, levar a cabo uma intervenção no seio da polícia regional catalã.
Euronews com EFE
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