quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Um ano com Trump. Mil milhões a menos no SNS. E um choque

P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Bom dia!
Aqui vão as últimas, só para si:

Trump pediu à China para cortar relações com Kim - e chamou à Coreia do Norte um "inferno". Sim, eu sei: ontem Trump dizia o contrário - mas se já passou um ano, já devíamos saber como é.
Lá na América, os democratas ganharam duas eleições: em Nova Jérsia e Virgínia, os candidatos a governadores centraram toda a campanha na oposição ao Presidente. O New York Times fala, por isso, "primeiras grandes vitórias democratas da era Trump".
O Twitter deu-nos uma prendaaprovados no teste, os tweets de 280 caracteres vieram para ficar (sendo que é melhor não pensar no que Trump pode fazer com o dobro dos candidatos).
Um príncipe no paraíso: a última dos Paradise Papers mostra-nos que oPríncipe Carlos esteve ligado a investimentos numa sociedade offshore. God save the queen.
Mas não é só a coroa que está em apurosTheresa May está na eminência de perder mais uma ministra. As reuniões secretas - e não autorizadas - em Israel deixaram Priti Patel no limbo, explica o The Guardian

O que marca o dia

A nossa manchete, cujo título fala por si: Faltam mil milhões no SNS, garantem conselheiros do ministro da Saúde. O relatório, que vai ser hoje entregue, fala de "suborçamentação crónica", de uma dívida a fornecedores crescente e de "decisões tomadas em cima do joelho". Para ler aqui.
O que nos leva ao caso da Legionella, também com novidades: a torre de refrigeração que esteve sem funcionar pode ser a origem do surto - pelo que até o ministro já admite que o surto tenha nascido de uma "falha técnica". Certo é que a lei não determina periodicidade para a realização de análises de detecção da Legionella.E lá voltamos às tragédias que nos levam a corrigir o mais básico.
Como se não bastasse, ainda aconteceu isto: uma ordem do Ministério Público levou a PSP a interromper um velório para recolher corpo. A família ficou, como é evidente, em estado de choque.
Outro caso, o do Urban Beach: descobriu a Ana Henriques que um vigilante da PSG tentou matar um cliente em 2009. E a vítima não recebeu até hoje indemnização decretada pelo tribunal.
E mais uma trapalhada no MAIo contrato e o criador do software para o SIRESP contrariam o ministério (que ontem tentou contrariar a notícia do PÚBLICO, apesar de lhe termos dado dias a fio para responder às perguntas enviadas).
E, já agora, uma trapalhada na Defesaos militares excluídos de cursos da Força Aérea vão pôr o Estado em tribunal (notícia do DN).
Pelo menos aqui o Estado acerta o passovem aí a conta electrónica para comprar produtos de poupança.
Mas se quisermos sonhar, há boas histórias vindas da Websummit: a do ex-jogador que não sabe como está vivo (mas aproveita para mudar de vida); a dascriptomoedas; e a contada pelo Victor Ferreira, com este título apetitoso - “Agora é mais fácil começar uma revolução, mas mais difícil acabá-la”
Claro que dá para interromper uma revolução: hoje, por exemplo, a Uber e Cabify fazem greve (azar que o primeiro carro português que voa só chega em 2022).
E também dá para sonhar com ela: ontem, no comício da revolução de Outubro, Jerónimo reafirmou que “o socialismo e o comunismo são o futuro da humanidade”.

Trump, um ano depois

Faz hoje um ano que Donald Trump ganhou as eleições presidenciais, deixando o mundo perplexo. Se a comemoração se faz numa viagem pela Ásia, conta-nos a Teresa de Sousa, Xi tem um presente especial para ele.
Vamos a um ponto de situação? A Rita Siza começa com um guião pelo "sobressalto": fala-nos das promessas, das leis, do legado, das mudanças de opinião, da economia, da popularidade, dos acordos e tratados, das demissões e nomeações, das investigações. O mote é este: foi tão mau como esperávamos?
E agora o Alexandre Martins: "A eleição de Trump foi o tiro de partida para uma batalha feroz pela alma do Partido Democrata e do Partido Republicano. Um ano depois, ninguém está mais perto de reclamar vitória".
Por lá, nos EUA, a nossa Isabel Lucas rumou a uma pequena cidade do Estado de Nova Iorque. "De Manhattan a Warsaw", conta-nos ela, "são cinco horas e meia de carro, a distância que separa o lugar mais liberal e este" - o que mais votou em Trump há um ano. De então para cá, o tempo passou e deixou tudo como estava. E deixou um silêncio que atravessa tudo. A nossa reportagem do dia é por lá: bem-vindos a Warsow, onde a América parou num sonho antigo.
Falta dar-lhe a análise. A do Tiago Moreira de Sá, que tem um pedido para fazer: "Eu quero falar com o Presidente Trump". E a do Diogo Queiroz de Andrade, que vê na agenda deste Presidente "a agenda mais conservadora das últimas décadas"

Agenda do dia

Os médicos fazem greve, no dia em que saem as estatísticas do emprego(relativas ao terceiro trimestre do ano). Ainda com emprego, os ministros do Ambiente, Mar e Presidência vão ao Parlamento, para falar do OE 2018 - de olhos postos numa emissão de dívida.
Lá por fora, Rajoy vai ao Parlamento falar da Catalunha. Enquanto Trump segue caminho até Pequim, na sua deslocação pela Ásia.
Hoje é ainda dia de Websummit, devolvendo alguma euforia a Lisboa. A propósito disso, deixo-lhe uma história surpreendente descoberta pelo P3. Bernardo disfarçou-se de turista e viajou infiltrado pelo país"Falou em inglês ou em português macarrónico para não se denunciar, viajou em tuk tuks pelo centro de Lisboa, irritou-se com a falta de conhecimento dos guias no Porto e apaixonou-se". Por quê? É entrar pelo link e abrir um sorriso.
Eu voltarei à sua companhia amanhã,
Até lá, um dia produtivo - e feliz.

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