A instituição diz que não tem nada de errado contratar pessoas para questionar o Governo. Explica que a sessão de Aveiro faz parte de um estudo para saber quais as prioridades dos portugueses.
António Costa responde, este domingo, a perguntas colocadas por cidadãos numa sessão pública que decorre em Aveiro.
A iniciativa assinala os dois anos de governação deste executivo. A data levou o Governo a agendar um conselho de ministros extraordinário para aquela cidade seguido de uma sessão pública na qual os membros do executivo respondem a questões colocadas por 50 cidadãos. Um caso que gerou polémica.
Na sexta-feira, o executivo anunciou que as perguntas da sessão serão elaboradas pelos cidadãos que participaram num inquérito quantitativo de avaliação ao segundo ano do Governo, organizado pela Universidade de Aveiro, sob coordenação do professor universitário Carlos Jalali.
Já no sábado, o jornal Sol noticiou que o Governo liderado por António Costa iria pagar 36.750 euros a um grupo de 50 cidadãos, que participa num estudo na Universidade de Aveiro e depois vai fazer perguntas ao executivo.
Posteriormente, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas afirmou que as perguntas e os participantes na sessão para assinalar os dois anos de Governo são da responsabilidade da Universidade de Aveiro, rejeitando que haja pessoas contratadas.
Ouvido pela TSF, na sequência desta polémica, Carlos Jalali, professor da Universidade de Aveiro e coordenador do estudo, explica que se trata de um trabalho científico inovador na medida em que será alargado ao universo dos portugueses.
O responsável explica que o objetivo é criar conhecimento sobre quais são as prioridades dos portugueses para os próximos cinco anos em áreas tão diversas como a transparência, o combate à corrupção, a saúde, a educação e a floresta.
Carlos Jalali explica que para a realização da iniciativa o Governo subcontratou uma empresa especializada, tal como acontece em inúmeros países, e é essa entidade que tem responsabilidade
na seleção das pessoas com base nas regras apontadas pelos autores da investigação.
A subcontratação da Aximage foi tratada de forma direta pelo Governo e faz parte da informação que consta da base publica de compras, reitera Carlos Jalali.
O coordenador do estudo lembra que os valores que terão sido pagos pela subcontratação não passam pela Universidade de Aveiro. Ainda assim, o responsável considera serem os valores "normais" praticados pelas empresas neste tipo de trabalhos.
Enquanto corresponsável pela iniciativa, Jalali diz acreditar na independência da empresa e assume que nada o levaria a crer ter havido intervenção do executivo na seleção das pessoas.
Sobre os objetivos do estudo, Carlos Jalali esclarece que se procura criar conhecimento cientifico que deverá interessar a todos os atores políticos.
António Costa e o executivo respondem, nesta altura, às perguntas que estão a ser colocadas pelos 50 cidadãos.
Fonte: TSF
Foto: Manuel Araujo/Lusa
Comentário: assunto arrumado, só pergunto seja o que for ao Governo se me pagarem.
J. Carlos
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