O homicídio no Canadá de uma mulher portuguesa de 81 anos alegadamente pelo filho está a surpreender e a chocar a comunidade portuguesa, disse hoje à agência Lusa um líder comunitário local.
"A comunidade portuguesa, tal como este tipo de crime indica, ficou bastante surpreendida e chocada com o caso. Não se esperava outra reação, especialmente tendo o caso os contornos que teve", afirmou António Macedo, dirigente do Centro Cultural Português de Kingston.
No passado dia 10, pelas 15h30 locais, agentes da polícia de Otava foram notificados por um hospital local de uma "morte suspeita".
A vítima, Maria de Sousa, já estava morta quando foi transportada para o hospital, anunciaram as autoridades em comunicado.
A mulher, natural de Kingston, encontrava-se atualmente a viver com o seu filho Paulo de Sousa, de 40 anos, e com a namorada deste, Danielle Leblanc, de 36, numa moradia em Orléans, a 20 quilómetros da capital canadiana.
A Unidade de 'Major Crimes' da polícia de Otava tomou conta da ocorrência e deteve os dois suspeitos no dia 13, indiciando-os pelo homicídio premeditado em primeiro grau da mulher.
Maria de Sousa era de uma família "predominante" de Kingston, revelou o também professor na Universidade de Queens.
"A vítima era irmã de uma empresária que é bastante conhecida na comunidade com um volume de negócios grande em Kingston", explicou António Macedo.
A cerimónia fúnebre decorreu no sábado, na Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Kingston.
No obituário, a vítima foi descrita como uma "mãe amada de três filhos", incluindo do mais novo, suspeito do homicídio.
O assassínio da mulher portuguesa foi o sexto verificado em 2018 na capital canadiana.
A cidade tem quase 130 mil habitantes, onde "cerca de 10 mil são portugueses e lusodescendentes que estão bastante integrados na sociedade local", que chegaram à região na década de 50.
Kingston fica a 200 quilómetros do nordeste de Otava, junto às margens do rio São Lourenço. É conhecida como a Cidade do Calcário e foi a primeira capital do Canadá.
Em Kingston estão localizados vários estabelecimentos prisionais, sete dos quais de máxima segurança.
Lusa
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