David Dinis, Director
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Ora viva, bom dia!
Eis-nos de volta, com as notícias desta madrugada:
Morreu Henrik da Dinamarca, o príncipe a quem não deixaram ser rei. Tinha 83 anos e o desgosto de nunca lhe ter sido reconhecido o título de rei. Há duas semanas foi-lhe diagnosticado um tumor. Acabou por morrer a dormir.
O director da CIA deixou um alerta. A Rússia vai aproveitar as próximas eleições na Europa e nos EUA para semear novas divisões, com o objectivo de "minar a democracia e os nossos valores", disse Dan Coats no Senado, citado pelo New York Times.
A França pode intervir na Síria, avisou Emmanuel Macron, se houver provas inequívocas da utilização de armas químicas - uma linha vermelha que não pode ser ultrapassada. Mas não há ainda evidência de que isso tenha acontecido, anota o Figaro do discurso do Presidente francês.
Netanyahu pode ser acusado por suborno. A polícia de Israel vai recomendar a incriminação do primeiro-ministro pela prática de crimes de suborno, em duas investigações de corrupção distintas, escreve a imprensa israelita. Numa delas, o chefe do Governo é suspeito de ter aceitado presentes luxuosos, incluindo jóias, champanhe, cigarros ou estadias em hotéis de luxo, em troca de favorecimentos a dois empresários.
Na Champions, vimos um City de luxo, com uma goleada com toque portuguêsfrente ao Basileia, por 0-4. E também um Tottenham lutador, que foi a Turim arrancar um empate à Juventus.
O que marca o dia
O que dizem as contas da Gulbenkian: que perdeu 22% de património entre 2006 e 2016. A Lurdes Ferreira esteve a ler os relatórios e contas e chegou a conclusões que ajudam a contextualizar a decisão de sair do negócio do petróleo. A administração defende outra leitura dos números, que também fica registada no texto. Mais abaixo voltarei a este tema, mas quero deixar-lhe mais duas notícias sobre a Gulbenkian, que preenchem o nosso Destaque de hoje: a ampliação dos jardins que está a caminho; e a ambição científica, que a fundação garante que não vai acabar.
A agitação no PSD pré-Rui Rio. Carlos Abreu Amorim anuncia a sua demissãoda direcção do grupo parlamentar (hoje, no jornal i), alegadamente por discordar da estratégia do líder eleito. E Miguel Pinto Luz explica, numa entrevista ao PÚBLICO, qual é o medo, afinal. Pelo meio, no CDS, Cristas ganha balanço para um congresso que se prenuncia como de aclamação.
Entretanto, o Governo vai falando de "inovação". António Costa vai lançar um Roteiro Conhecimento e Inovação e as primeiras medidas legislativas serão aprovadas amanhã, diz a São José Almeida...
... vai dar mais armas contra o terrorismo - 200 espingardas novas até ao Verão, conta o JN.
... mas, pelo meio, esqueceu-se da lei da paridade, acrescenta o DN.
Um alerta e um pedido no Dia Internacional da Criança com Cancro. O alerta vem com as dezenas de queixas de doentes por atrasos nas consultas e tratamentos nos IPO; o pedido é dos pais de crianças com cancro, que pedem subsídio pago a 100% e mais tempo para os filhos.
Uma chamada de atenção sobre o nosso coração. No dia do doente coronário ficamos a saber que os portugueses ainda não sabem bem o que fazer perante sinais de enfarte. Porque também há coisas bonitas neste dia, a Alexandra Campos mostra-nos os médicos que nos “desentopem” as artérias e salvam o coração.
Uma análise interessante sobre os privados na saúde. O Negócios fez as contas e diz que 51% dos gastos dos hospitais privados são pagos pelo Estado.
De ontem vem esta notícia triste: 10% das vítimas de violência no namoro sofreu ameaças de morte. Os dados do Observatório e os resultados de um estudo sobre o tema foram antecipados pela Aline Flor.
Leituras e uma ajuda
1. A entrevista ao homem do petróleo da Gulbenkian. A Partex vai ser vendida aos chineses e António Costa e Silva, o seu presidente, acha isso “uma espécie de renascimento”, porque o grupo chinês CEFC quer investir e transformá-la “numa plataforma global”, orientada para o Médio Oriente, Ásia Central e países de língua portuguesa. O maior especialista português em petróleo lamenta que haja "uma demonização do petróleo" e que ninguém fale "do elefante na sala, que é o carvão". E explica porque é que a empresa desistiu de investir em Portugal, numa conversa conduzida pelo Luis Villalobos e pela Ana Brito.
2. Uma ajuda: como validar as facturas, depressa e bem. A entrega do IRS está mais simples, mas não dispensa os contribuintes de algumas tarefas no Portal das Finanças. Como o prazo para confirmar as facturas acaba amanhã, o Pedro Critóstomo fez um guia para nos ajudar. E acrescentou esta notícia: a Protecção de Dados alerta sobre a app não oficial eFatura. Se usar, é com cuidado.
3. A Terra está a tremer nos Açores e não se sabe quando vai parar. A "crise sísmica" está a diminuir, mas pode durar dias, semanas ou meses. E ainda não sabemos onde tem origem. Mas a dúvida maior que nos levanta é esta: tem havido mais sismos em Portugal?
4. Mergulhar com tubarões e jamantas - sem sair do sofá. Uma equipa portuguesa do centro de engenharia aeronáutica do CeiiA participou na construção de uma câmara subaquática não invasiva que andou à boleia de tubarões e jamantas nos Açores. Este “mergulho” é um dos episódios de um documentário da BBC que se estreia esta quarta-feira e que a Andrea Cunha Freitas aqui antecipa.
A agenda de hoje
Ficaremos a saber como fechou o PIB no ano passado, aqui e no resto da Europa. E estaremos atentos à emissão de dívida pública, na dúvida sobre se a volatilidade afecta o preço. Vamos ouvir Carlos Costa falar sobre a entrada da Santa Casa no Montepio, numa audição parlamentar. E conhecer os resultados do BCP relativos a 2017.
Hoje vamos saber também as medidas de coacção aplicadas a Rui Rangel na Operação Lex. Terminando as perguntas a Cândida Almeida sobre a Operação Fizz. Tudo isto enquanto a ministra da Justiça é ouvida no Parlamento.
Quanto à política, é o dia em que Marcelo começa a receber os partidos(preocupado com isto) e em que se reúne a bancada parlamentar do PSD.
Lá por fora, o destaque vai para a "Rota para o Brexit", uma série de discursos onde Theresa May e os seus ministros tentarão convencer os britânicos a não baixar os braços. E, no desporto, para os jogos da Champions, onde é a vez do Porto receber o Liverpool (com "pragmatismo", promete Sérgio Conceição) e do Real Madrid receber o PSG, no jogo grande da jornada.
Dito isto, porque hoje é dia para namorar (e não são todos?), deixo-lhe duas sugestões para uma noite diferente. É que Luís Severo apresenta-se com convidados no Musicbox, mas não cantará amores perfeitos (porque o amor às vezes é difícil). E amanhã Colleen Green mostrará no Anjos 70, em Lisboa, que somos mais complexos que os clichés da data. Se tiver tempo, a caminho, ouça o nosso Podcast Catinga, onde se conversa sobre o namoro: a sedução não vai morrer. Mas está a mudar.
O que não muda é a nossa atenção (a si e às notícias do dia).
E o importante é que tenha um dia feliz, em boa companhia
Eu despeço-me por aqui, com um até amanhã.
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