quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Alegado raptor de Maëlys levou polícia ao local onde terá cometido crime

Nordahl Lelandais terá confessado homicídio, escreve a imprensa francesa
Nordahl Lelandais, o homem de 34 anos que está detido em França e acusado do sequestro e homicídio de Maëlys Araújo, uma menina lusodescendente de nove anos, terá conduzido esta quarta-feira a polícia ao local onde cometeu o crime. De acordo com as últimas informações avançadas pela imprensa francesa, o suspeito terá enterrado o corpo de Maëlys no bosque.
Segundo o jornal Le Dauphine Liberé, Lelandais decidiu falar aos detetives depois de ter sido confrontado com vestígios de sangue encontrados na mala do próprio carro, e que foram identificados como pertencendo a Maëlys Araújo. Até aqui, o suspeito sempre negara as acusações, mas a polícia sabia que no dia após o desaparecimento da criança tinha passado duas horas a limpar meticulosamente o automóvel, um Audi A3. Ainda assim, as perícias permitiram descobrir vestígios ínfimos de sangue, que foram depois analisados.
Lelandais pediu então aos agentes, esta quarta-feira, que o acompanhassem a Pont-de-Beauvoisin, onde se realizou o casamento para o qual tanto o suspeito como a criança lusodescendente foram convidados, em agosto passado - desde então, Maëlys nunca mais foi vista.
O suspeito foi retirado esta manhã da prisão de Saint-Quentin-Fallavier, Isère, e conduzido ao Palácio da Justiça de Grenoble. Foi ouvido a seu pedido e conduziu depois os agentes, juízes de instrução e o procurador de Grenoble a uma zona de escavações nas imediações de Pont-de-Beauvoisin, em Saint-Franc, alegando não se recordar exatamente do local onde depositara o corpo da criança, escreve o Dauphine, que cita fonte próxima da investigação para dizer que Lelandais fez uma confissão. "Foi feito um avanço muito significativo no inquérito, um elemento fulcral", informou a mesma fonte.
Para a tarde desta quarta-feira está marcada uma conferência de imprensa do Ministério Público, que deverá dar mais explicações sobre as diligências efetuadas.
Cerca de vinte agentes do instituto de investigação criminal e da guarda nacional francesa foram destacados para o local, tendo sido igualmente mobilizadas equipas com cães para deteção de pistas.
DN

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