Regulador da saúde analisa perto de 80 queixas e encontra vários problemas nos hospitais onde se tratam doentes com cancro.
A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) mostrou uma espécie de cartão amarelo aos três centros do Instituto Português de Oncologia (IPO) que existem no país.
As três deliberações agora conhecidas concluem que existem razões para emitir recomendações aos IPO de Lisboa e Coimbra, bem como uma instrução ao IPO do Porto que não foi capaz de demonstrar que já está a aplicar medidas para resolver os vários problemas detetados.
Na investigação que abriu, a ERS detetou dezenas de reclamações nos três IPO com razões semelhantes que levaram o regulador a tentar perceber se os problemas estavam generalizados.
Ao todo, em 2016 e 2017 foram encontradas 41 reclamações no IPO de Lisboa, 19 no Porto e 16 em Coimbra.
As três deliberações acabaram por detetar problemas semelhantes nos três IPO: demoras no acesso aos processos clínicos, problemas nos transportes, dificuldades no acesso a tratamentos por problemas nos serviços de farmácia, demora no acesso ao serviço de urgência ou atendimento não programado e falhas na marcação de consultas ou exames.
Problemas que, segundo o regulador da saúde, revelam "entropias na articulação e, consequentemente, na humanização dos cuidados de saúde", nomeadamente a doentes que estão numa situação "particularmente fragilizada, em razão da sua condição clínica".
As queixas dos doentes oncológicos revelam, por exemplo, esperas de quatro horas para tratamentos pré-agendados de quimioterapia.
Fonte: TSF
Foto: Orlando Almeida/Global Imagens
Nenhum comentário:
Postar um comentário