sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

PSD à moda antiga # Da conta da luz para a indústria # ípsilon com Dafoe

P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Bom dia!
As notícias desta madrugada vêm da América:

O Senado deixou os "dreamers" na incerteza. Foram a votos três propostas que protegiam os jovens imigrantes, mas as três foram rejeitadas. A que teve menos votos foi a lançada por Donald Trump, conta o New York Times.
O autor do tiroteio na escola da Florida confessou os crimes, que resultaram na morte de 17 pessoas. A imprensa americana já vai contando o que se passou com algum detalhe, deixando-nos a pensar como o Alexandre Martins: é hora de chorar a Florida e rezar, até ao próximo tiroteio nos EUA.
Steve Bannon recusou responder a perguntas sobre a Rússia, depois de ter estado "várias vezes" com o procurador-especial Robert Mueller nos últimos dias, conta o Politico
Por cá, também houve novidades:
O Fisco estendeu o prazo para validar despesas, devido a problemas no site do e-factura.
O Sporting virou o nosso último sobrevivente na Europa, com uma reviravolta quente no Cazaquistão. E vendo o Braga cair perante um forte Marselha. 

O que marca o dia

O arranque do congresso do PSD, que arranca com mal-estar na bancada e um número grande de incógnitas, como explica a Sofia Rodrigues e a Sónia Sapage, lançando também os nomes que se seguem na direcção do partido. Hoje não faltam entrevistas que antecipam o congresso, de Alberto João Jardim na TSF (dando alento ao líder), a Carlos Carreiras no ECO (não tão simpático), passando por Miguel Relvas (que na Antena 1 repete o aviso de que o líder terá que ganhar eleições).
Mas o que lhe pode ser mais útil é seguir o guião dos 10 nomes que vão marcar o congresso. Sempre com isto como pano de fundo: para “aspirar a ser Governo”, o PSD tem de recuperar os mais pobres e pensionistas - esse sim, o maior dos desafios de Rio Rio, como eu digo no Editorial. É por tudo isto que, no podcast Poder Público, eu e a Sónia falamos de "um congresso à moda antiga". Será?

Na nossa manchete está uma notícia que incomodará o Bloco: "Consumidores dão 88 milhões na conta da luz para apoiar a indústria". O subsídio para garantir que não há sobrecarga do sistema é menor do que há um ano, mas o Governo falhou o compromisso de lançar concursos para baixar mais os custos.
No SNS, "one more problem"os hospitais estão sem autorização para pagar dívidas de 500 milhões, diz o JN de hoje.
E outro ainda, já agoraos beneficiários chumbaram hospitais geridos pela ADSE, diz aqui a Raquel Martins.
Na Educação, anuncia-se outra greveos professores vão estar em protesto durante quatro dias. Sendo que em breve vão ter que ir protestar para outra rua.
O número de funcionários públicos continua a subir. Ainda sem a integração de precários, foram contratados mais 5573 no ano passado (quase 10 mil esta legislatura).
A avaliação ao Montepio já está feita - e não traz boas notícias para a Mutualista: o valor do banco está abaixo da avaliação de mercado, garante o Jornal Económico, anotando que a Santa Casa ainda não tem os números na mão.
Do sistema financeiro, ainda há mais este dadoos bancos emprestaram 15 mil milhões de euros às famílias em 2017, conta a Rosa Soares, mostrando que a diferença é mínima entre crédito ao consumo e à habitação.
No Tejo, foram detectados 115 crimes de poluição em 2017com apenas 246 acções de inspecção realizadas.

No ípsilon 

Temos Willem Dafoe, a zelar por nós. Ele que é uma das presenças mais fascinantes do cinema americano, ele que volta agora com The Florida Projectnuma interpretação feita de energia e nomeada para o Óscar. O Luís Miguel Oliveira conversou com ele e faz-nos a Premiere
Temos Cristina Branco, saindo da zona de conforto e entregando-nos "uma das suas mais sedutoras colecções de canções".
Temos Um Gentleman em Moscovo, que é como quem remete para o segundo romance de Amor ("Aimer") Towles, o autor que nos recomendou Obama. A Isabel Lucas ouviu-o dizer que é um livro que engana, porque não é entretenimento. E deixa um título com interrogação: "Todo o luxo ou uma irónica provocação".
É claro que temos mais do que istoa estreia do novo Eastwooda nova casa das bonecas de Wes Anderson (vista pelo Mourinha em Berlim), o primeiro livro traduzido de Arno Schidt ou um inédito que é uma "grande peregrinação". Assim como a estreia da sétima temporada de Homeland, de olhos postos na actualidade americana. 

A agenda de hoje

Começa o congresso do PSD, que nos vai ocupar todo o fim-de-semana, enquanto Marcelo recebe o PS e o Bloco, para antecipar o que se segue na política nacional.
Hoje vamos continuar a seguir as alegações finais do julgamento de Pedro Dias. Vamos ouvir o ministro do Ambiente num congresso sobre o Tejo. E também seguir o protesto dos guardas prisionaispedindo a demissão do director-geral.
Já Mário Centeno veste a pele de líder do Eurogrupo, recebendo o ministro das Finanças do Reino Unido, Philip Hammond, para discutir a relação com a Europa após o Brexit
A fechar, deixo-lhe uma conversa que fizemos Com Tempo e Alma, com um daqueles títulos que convida a entrar: “Aprendemos o que somos através do que os outros vêem em nós”. São 20 minutos de um podcast que se ouvem com verdadeiro prazer (e que nos deixam uma certa vontade de mudar os planos para o fim-de-semana. 
Eu, que vou estar pelo congresso do PSD, ficarei sempre por perto.
Tenha um bom dia de trabalho, um bom descanso logo depois. 
Até segunda-feira!

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