Miguel Almeida assegurou que a Nos repôs as comunicações no espaço "de horas" aquando dos incêndios. E garante que nada tem a ver com a rede fixa da Meo, mas pisca o olho aos seus clientes.
A Nos é a prestadora do serviço universal de voz - "não da rede fixa" -, começou por explicar Miguel Almeida, presidente da empresa, em conferência de apresentação de resultados.
E deixou uma garantia: "o nosso serviço nunca foi interrompido nas zonas mais remotas, não sofreu nenhuma quebra porque é prestado por satélite". E voltou a afirmar: "interrupção de serviço não houve, poderá ter estado algumas horas mas repusemos todos os serviços no espaço de horas".
Aproveitou, a propósito das falhas das redes de telecomunicações nos incêndios, para dizer que a rede da Nos dá "garantias de qualidade". E acrescentou: "não temos nada a ver com rede fixa do nosso concorrente [não falou do nome, mas estava a referir-se à Meo]", e por isso se os clientes quiserem mudar "trataremos do que eles não tratam".
Miguel Almeida disse ainda que não houve mais desenvolvidos sobre a possibilidade de haver renegociação por causa do contrato de serviço universal. A Anacom sugeriu que face à escassez de clientes (dois) no âmbito do serviço universal, o Estado deveria repensar a sua existência. A Nos, nessa ocasião, criticou também as palavras do regulador e agora Miguel Almeida diz que "não tivemos mais informação, não fomos notificados de coisa nenhuma".
Na conferência de imprensa de apresentação de resultados, Miguel Almeida foi muito crítico, ainda, da Anacom por ter divulgado as irregularidades sobre neutralidade da rede em conferência de imprensa, antes mesmo, segundo Miguel Almeida, de comunicar aos operadores. "Em sede própria responderemos", declarou, acrescentando que "nunca existiu em nenhum momento, em nenhuma decisão uma reacção coordenada dos operadores". Os operadores fizeram, nesse dia, um comunicado conjunto mostrando surpresa pela divulgação das irregularidades pela Anacom.
Noutro dos temas relacionados com supervisores, Miguel Almeida diz aguardar a decisão da Autoridade da Concorrência (AdC) sobre a operação Media Capital/Altice.
"A nossa posição sobre essa operação é conhecida, está publicada e é bastante clara. E não a alterámos de forma nenhuma", lembrando que a Nos considera que a compra da Media Capital pela Altice "põe em causa pluralismo dos media, e põe em causa a concorrência em mais do que um sector e deve ser impedida".
Tendo voltado a ser questionado se a Nos iria contra-atacar com a compra da Impresa, Miguel Almeida declarou:
"não vamos especular cenários hipotéticos que estão por confirmar".
Alexandra Machado amachado@negocios.pt |
12 de março de 2018 às 14:06
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