A ambição desmedida é mobilizadora, mas também um risco. Assunção Cristas põe a cabeça no cepo. Dentro de 20 meses saberemos se foi capaz de encher "a grande casa da direita" e ser peça-chave do xadrez de 116 deputados que legitimará o próximo Governo.
André Veríssimo | averissimo@negocios.pt11 de março de 2018 às 23:00 |
O CDS quer substituir o PSD como o maior partido do centro-direita em 2019. A ambição é onírica, mas faz sentido como estratégia mobilizadora num congresso desenhado a pensar nas próximas legislativas e como tentativa de aproveitar o momento de fragilidade porque passam os sociais-democratas.
A política europeia tem demonstrado, para o bem e para o mal, que "não há impossíveis" no que toca a retirar protagonismo ao "establishment" partidário. Mas substituir o PSD como "primeiro partido no espaço do centro e da direita, sem hesitações, sem complexos", é muito mais fácil de dizer do que conseguir.
Há desde logo uma dificuldade sociológica, de implantação do eleitorado. O melhor que o partido conseguiu sozinho foram 12%. As sondagens dão ao CDS-PP intenções de voto na casa dos 5%, menos de um quinto dos sociais-democratas (27%), segundo o último inquérito da Aximage para o Negócios e o Correio da Manhã, publicado na sexta-feira.
As eleições autárquicas podem ter confirmado Assunção Cristas como uma candidata que granjeia a simpatia do eleitorado. Daí a ter os mesmos 20% ou mais a nível nacional...
A percepção do eleitorado é que em muitas matérias o CDS está à direita da matriz do PSD. Mesmo tendo em conta a governação mais liberal de Passos Coelho, de que Assunção Cristas fez parte, não se pode dizer que exista um vazio à sua espera.
Mas existe uma fragilidade. E uma fragilidade é uma oportunidade. A líder do CDS-PP soube aproveitá-la para conseguir um excelente resultado nas autárquicas, batendo o PSD em Lisboa. E conseguiu, por várias vezes e em vários temas, afirmar o partido como a voz da oposição no Parlamento.
Enquanto Rui Rio ainda está a tentar pacificar e arrumar a casa, Assunção Cristas fez um congresso que mostra um partido coeso, com vitalidade, e já completamente focado nos próximos desafios eleitorais, as europeias e as legislativas. Enquanto Rui Rio procura construir pontes com o PS em determinados temas, Assunção Cristas fala em "única alternativa". Enquanto Rui Rio está a construir estruturas e porta-vozes sectoriais, Assunção Cristas deixou já uma série de propostas viradas para os desafios presentes e futuros. O CDS está, como disse a líder no discurso de encerramento, "um passo à frente". Tem outra vantagem, gente experiente mas também mais jovem. Tudo isto ajuda, mas não basta.
O congresso de há dois anos serviu para Paulo Portas passar o partido para as "mãos seguras" de Assunção Cristas. Neste, ela emancipou-se. A ausência física do antigo presidente do CDS teve também esse propósito. O partido de Portas é agora o partido de Cristas.
Se for capaz de levar o CDS aos 11,7% conseguidos pelo seu antecessor já será uma vitória. O partido tem sabido intuir quando faz sentido concorrer sozinho ou coligado. Agora é de novo o tempo de o CDS dizer que não é muleta do PSD, mesmo que esteja destinado a sê-lo.
A ambição desmedida é mobilizadora, mas também um risco. Assunção Cristas põe a cabeça no cepo. Dentro de 20 meses saberemos se foi capaz de encher "a grande casa da direita" e ser peça-chave do xadrez de 116 deputados que legitimará o próximo Governo.
Fonte: Jornal de Negócios
As
sessões
de colheitas de sangue a
realizar
no
mês de Março
vão
decorrer
nas
seguintes
datas
e horários:
- Dias
14, 21 e
28 de Março
das 15 horas às 19:30 horas (4ª.s
Feiras)
- Dias 17, 24 e 31
das 9 horas às 13 horas (Sábados)
no
Posto Fixo localizado no Mercado Municipal de Santiago,
1º. Piso em Aveiro, Rua
de Ovar, Coordenadas
GPS: N 40.62659 - W -8.65133.
Os
interessados em aderir à dádiva devem fazer-se acompanhar do Cartão
de Cidadão para facilitar a inscrição ou do Cartão de Nacional de
Dador de sangue.
Atenção:
Após
tomar o almoço convém ter em conta o período de tempo para
digestão, nunca inferior a 2:30 Horas. Na região de Aveiro só não
adere à dádiva de sangue quem não pode ou não quer…
Mapa
para 2018 pode ser consultado no Site: www.adasca.pt
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