O Presidente do Conselho de Administração do órgão Regulador do sector de gás e petróleos reconheceu que a petrolífera sul-africana Sasol, que há quase uma década explora gás natural em Inhambane, “não terá trazido aquilo que era a expectativa”, no entanto não tem soluções para inverter o cenário.
Carlos Zacarias fez este reconhecimento em conferencia de imprensa, na passada quarta-feira (27) em Maputo, após indicar que a Sasol “está a operar na sua máxima força, atingiu a capacidade dimensionada”.
“Naturalmente que há grandes expectativas quando temos vários projectos a serem implementados” disse o PCA do Instituto Nacional de Petróleos (INP) e em resposta ao @Verdade admitiu que a exploração da gás natural em Pande e Temane, que acontece desde 200, “não terá trazido aquilo que era a expectativa, neste momento está-se a trabalhar no sentido de fazer com que o projecto adicione valor para que as empresas possam providenciar serviços e se for possível aumentar receitas que se irão reflectir na vida das comunidades”.
“É um desafio que nós temos, temos que olhar para formas de envolver mais empresas nacionais que irão trazer impacto não só para os empresários mas também para as pessoas que forem empregues”, acrescentou Carlos Zacarias quando questionado sobre o que o Governo estaria a fazer para inverter o cenário de falta de desenvolvimento na província de Inhambane impulsionado pela exploração dos recursos naturais locais.
Importa recordar que este “desafio” de envolver mais empresas nacionais a prestarem serviços à Sasol, apontado por Zacarias, não propriamente uma inovação.
Aliás em 2016 a própria petrolífera lançou programa de conteúdo local no entanto o @Verdade apurou que desde então empresas nacionais baseadas na “terra da boa gente” continuam sem conseguir tornarem-se fornecedores da multinacional.
Na semana passada, e depois do Presidente Filipe Nyusi ter admitido que os manhambanas “tem toda a razão sobre o aproveitamento dos recursos extraídos pela Sasol”, o director-geral Agência para a Promoção de Investimento e Exportações (APIEX), Lourenço Sambo, revelou ao @Verdade que o problema com a petrolífera sul-africana não está relacionado com eventuais benefícios fiscais mas antes com a falta de “capacidade de controle por nossa parte do gás que sai de Moçambique”.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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