sábado, 30 de junho de 2018

Foto de Adérito Caldeira

O Governo de Filipe Nyusi decidiu agravar pela quarta vez, desde o início de 2018, o preço da gasolina que passa a custar 66,55 meticais, a partir desta quarta-feira (27), o mais alto de sempre. Este valor é praticado somente em Maputo, Beira, Nacala, Monapo e Pemba, no resto de Moçambique a assimetria regional é definida na lei que determina que o preço é acrescido de custos do transporte e embalagem.

“O Governo no âmbito da aplicação do Decreto 45 tem estado mensalmente a fazer a revisão dos preços dos combustíveis, são revistos sempre que se verificar alteração nos custos de importação e na taxa de câmbio, relativamente a gasolina que hoje custa 66,03 meticais vai ser agravada em 0,52 centavos passando a custar 66,55 meticais por litro” informou em conferencia de imprensa João Macandja, em representação do Ministério dos Recursos Minerais e Energia.

Este foi o quarto aumento da gasolina em Moçambique, que desde Janeiro de 2018 já aumentou cerca de 7 por cento, e coloca o cada vez mais imprescindível combustível, particularmente para a emergente classe média que possui carro próprio, a um preço recorde e inédito.

Estes 4,49 meticais de agravamento por litro representam, a cada vez que é preciso atestar um tanque de 40 litros, mais 180 meticais na conta dos trabalhadores que este ano tiveram aumentos de somente 5 a 18 por cento.

“Para o mês de Junho consideramos os preços das importações feitas em Maio e Abril”

Macandja, que dirige a Importadora Moçambicana de Petróleos (IMOPETRO), indicou que o preço do gasóleo mantém-se a 62,92 meticais, assim como do petróleo de iluminação que está nos 50,33 meticais.

Quanto ao o gás doméstico (GPL), que em Janeiro chegou a custar 68,43 meticais o quilo, “teremos uma ligeira descida, temos hoje o preço por quilo a 60,94 meticais e desce para 60,33 meticais” concluiu o representante do Ministério dos Recursos Minerais e Energia.

Entretanto esta semana os preços do barril de petróleo recuaram com investidores a prepararem-se para 1 milhão de barris por dia (bpd) extras de petróleo no mercado, depois da Organização dos Países Produtores e Exportadores (OPEP) ter concordado em aumentar a produção, e com os mercados accionários dos Estados Unidos da América (EUA) caindo por temores de uma guerra comercial.

Os contratos futuros do petróleo Brent encerraram em baixa de 0,82 dólar norte-americano, ou 1,1 por cento, a 74,73 dólares por barril. O petróleo dos EUA (WTI) caiu 0,50 dólar, para 68,08 dólares o barril.

Questionado pelo @Verdade João Macandja “O nosso modelo considera sempre a média de dois meses, para o mês de Junho consideramos os preços das importações feitas em Maio e Abril que foram os meses em que os preços internacionais de todos os derivados (do petróleo) dispararam. Se este abaixamento que está-se a verificar agora vai ser sentido não será na revisão que será feita em Julho, será em meses posteriores”.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique


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