sexta-feira, 1 de junho de 2018

Itália ok, Espanha ko. E nós por cá...

P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Bom dia! 
Revisitando as últimas de ontem:

Di Maio e Salvini ressuscitaram Itália de uma crise imediata: parece uma ironia, mas os populistas negociaram, insistiram e conseguiram convencer o Presidente a formar um Governo, tirando o país de um impasse que estava a pôr os mercados numa crise de nervos. A solução está aqui explicada, pela Ana Gomes Ferreira.
Em Espanha, foi o fim da linha para Rajoy. O líder socialista conseguiu o que muitos consideravam impossível e reuniu apoio suficiente para, pela primeira vez na história democrática de Espanha, aprovar uma moção de censura. Ainda há vários cenários possíveis, mas o Governo de Rajoy não vai chegar ao fim-de-semana. E, não se demitindo, abre caminho ao improvável governo de Sánchez. A isto, o Jorge Almeida Fernandes chama "o passe mágico do PSOE"
Trump impôs tarifas no aço e alumínio da UE, Canadá e México. A administração americana concretizou as ameaças que vinha fazendo e suspendeu a isenção de tarifas aduaneiras às importações de três dos seus maiores parceiros, que agora vão pôr em marcha acções de retaliação. Em Bruxelas, a Rita Siza pergunta: foi esta a primeira salva de uma nova guerra comercial global?
Bruno de Carvalho cancelou a Assembleia Geral que o podia destituir. E substituiu a Mesa da Assembleia Geral que pedia a sua saída. Com isto, a equipa do presidente do clube diz ter assegurado "o normal funcionamento do clube". Entretanto, o principal accionista da SAD já pôs em tribunal uma acção para destituir o presidente, diz o Jornal Económico

Notícias do dia

A PJ está a investigar corrupção em oito jogos da Liga - diz o JN -, incluindo dos três grandes. 
A OPA sobre a EDP deixa os chineses da REN na mira do regulador. Se a China controlar a EDP, a ERSE terá de reavaliar a independência do operador da rede eléctrica, detido em 25% pelo Estado chinês, face à produtora e comercializadora de energia. Bruxelas pode ter uma palavra a dizer.
Com os problemas no aeroporto de Lisboa a avolumar-se, hoje sabemos que o lucro da ANA subiu 13 vezes em quatro anos (via Negócios).
O FMI acha que temos espaço para poupar nos salários da função pública, diz o chefe de missão numa entrevista ao Negócios.
Há 96 mil candidaturas de professores para 3500 lugares no quadro. E um terço dos novos lugares já tem dono, acrescenta agora a Clara Viana.
A nova campanha antitabaco será “misógina”? A polémica estourou, mas a DGS diz que ela visa as jovens mulheres porque são as que estão a fumar mais

Ler com atenção

1. É o Dia da Criança, era todos os dias, escreve o Mário Lopes, numa crónicaque nos remete para outros dias, muito felizes. É o dia de sonhadores de ontem e de hoje, neste caso 25 jovens que aprendem a ser campeões dentro e fora do relvado - que o Adriano Miranda aqui homenageia. É dia de celebrar o mundo que avança nos impossíveis de uma criança, na reportagem da Mariana Correia Pinto e do Manuel Roberto. Mas também é o dia para percebermos como o caso IURD lançou um debate sobre retiradas "abusivas" de crianças, questão analisada pela Ana Dias Cordeiro, ou como “a pobreza está na base" de muitas retiradas de crianças às famílias. Porque hoje é Dia da Criança, é o dia de a celebrar e de nos preocuparmos com ela. 
2. Ele foi o nosso homem em Pyongyang. Houve um tempo em que Portugal era o país europeu com melhores relações com a Coreia do Norte. O embaixador José Manuel Duarte de Jesus era o nosso representante em Pyongyang, num período muito sensível: os efeitos do colapso da União Soviética faziam sentir-se profundamente na Coreia do Norte, que atravessava uma grave crise económica e uma devastadora escassez de alimentos; o fundador do país acabava de morrer e começavam a ser conhecidas as suspeitas de que o regime de Pyongyang estava a dar os primeiros passos do seu programa nuclear. Hoje, o embaixador lembra "o choque" que sentiu ao perceber que a Coreia do Norte era "uma encenação”. E deixa avisos para a cimeira Trump-Kim.
3. Profissional de cibersegurança, procura-se.  Com as pessoas a passar cada vez mais tempo online e com as empresas e serviços públicos cada vez mais informatizados, o risco de ciberataques é maior e também aumenta a gravidade que estes podem ter, até bloqueando o nosso acesso a serviços essenciais. Mas a especialização é tão rara que abriu uma "guerra de talento". A Karla Pequenino foi medir o mercado e avaliar o problema. 
4. Uma solidão imensa que só o sexo acalma. Treze anos depois do seu anterior livro, José Riço Direitinho regressa com o sexo na mão e pouco amor no coração.O Escuro Que te Ilumina é um falso livro pornográfico, uma sucessão de casos sexuais que retratam uma solidão imensa, que só o corpo acalma. É um livro cru, ferido - como não existe em Portugal -, que faz a capa do ípsilon de hoje, cheio de ideias e sugestões para descobrir no fim-de-semana.

Hoje na agenda 

Por cá, é o último dia para entregar o IRS, também o dia limite para a entrega da OPA pela EDP. A Fitch deve também pronunciar-se sobre revisão do rating de Portugal. Hoje começa também a 15. ª edição do Serralves em Festa! - e é o Dia da Criança.
Lá por fora, vota-se no congresso a censura ao Governo de Rajoy e deve tomar posse o novo Governo de Itália. Enquanto isso, um membro do Governo da Coreia entrega uma carta de Kim a Trump - talvez, com fé, a carta chegue ao destino. 
Um dia bom, um óptimo fim-de-semana!

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