Foram apreendidos 319 litros de água imprópria para consumo em garrafões destinados a máquinas automáticas dispensadoras, de uma marca que estava a ser falsificada em Portugal e a ser vendida no mercado como se fosse genuína.
A informação foi, este sábado, divulgada pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, que levou a cabo esta investigação, de crime de fraude sobre mercadorias.
Os investigadores descobriram que garrafões de água provenientes de um país da União Europeia eram utilizados em máquinas automáticas dispensadoras existentes em Portugal e depois eram reutilizados pelo distribuidor português, sediado no distrito de Braga, para abastecer novamente as máquinas com água diferente da original.
Após encher os garrafões com água não potável, proveniente de um local sem controlo de qualidade, o referido distribuidor colocava um novo selo de segurança nos garrafões e mantinha a rotulagem original, redistribuindo-os aos clientes que possuíam as máquinas dispensadoras, como se fosse "a água original e segura", enganando-os "intencionalmente", explica, à TSF, o inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar.
As análises laboratoriais efetuadas durante o inquérito revelaram que a água em causa era "proveniente de um local sem qualquer controlo de captação e de qualidade, sendo considerada inapta para consumo humano". O Inspetor-geral explica que até agora não há suspeita de que este caso tenha tido efeitos na saúde dos consumidores.
No âmbito do processo, foram apreendidos 319 litros de água, "que apresentavam estas inconformidades", e os responsáveis da empresa foram constituídos arguidos.
Fonte: TSF
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