A Orquestra Clássica do Centro sobe ao palco do Pavilhão Multiusos de Febres na próxima sexta-feira, dia 5 de Outubro, à 21h30, com um espetáculo musical erudito inédito, convidando para o efeito, elementos de outras formações musicais locais a juntar-se a si, para que interpretem em conjunto um repertório de excelência, no dia em que se assinala a Implantação da Republica, em Portugal.
Esta iniciativa integra um ciclo de concertos da programação em rede Coimbra Região de Cultura, proporcionado CIM – Região de Coimbra, em parceria com o Município de Cantanhede, contando com o apoio da Freguesia de Febres e da Gira Sol – Associação de Desenvolvimento de Febres.
Sob a direção do seu maestro titular Jan Wierzba, a Orquestra Clássica do Centro contará com a presença de músicos convidados e oriundos das bandas filarmónicas dos municípios em que se realizam os concertos, nomeadamente Cantanhede (Phylarmonica Ançanense, Filarmónica de Covões e Associação Musical da Pocariça), Tábua e Góis. O espetáculo tem ainda como convidado o coro Pequenas Vozes de Febres, que interpretará vários temas do reportório erudito, onde se destaca Can Can, de Offenbach, entre outros.
Do programa da Orquestra Clássica do Centro constam obras paradigmáticas do reportório clássico, como é o caso da Abertura da Ópera La Gazza Ladra de Gioachino Rossini ou a obra Valsa do Imperaror de Johann Strauss II, para além da interpretação de célebres arias do reportório operático com a participação especial da Soprano Marina Pacheco.
Este primeiro ciclo de concertos, que começa em Cantanhede, irá continuar no Centro Cultural de Tábua, a dia 6 e no dia 13 de outubro, na Casa da Cultura de Góis. A esta larga formação juntam-se também elementos da Academia Artística do Município de Tábua, da Banda Filarmónica da Associação Educativa e Recreativa de Góis e da FILVAR - Filarmónica Varzeense.
O Projeto 'Coimbra Região de Cultura' é cofinanciado pelo CENTRO 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
Programa
Abertura da Ópera La Gazza Ladra – Gioachino Rossini (1792 – 1868)
Una Voce poco fa – Gioachino Rossini (1792 – 1868)
Je veux Vivre – Charles Gounod (1818-1893)
Dança Hungara n.º 1 – Johannes Brahms (1833 – 1897)
Dança Eslava n.º 8 – Antonín Dvořák (1841 – 1904)
Valsa do Imperador – Johann Strauss II (1825 – 1899)
Pompa e Circunstância n.º 1 – Edward Elgar (1857 – 1934)
* Toreador da Ópera Carmen - Georges Bizet (1838 – 1875)
* CAN CAN - Jacques Offenbach 1819- 1880) letra de Mário João Alves
Sobre a Orquestra Clássica do Centro
A Orquestra Clássica do Centro (OCC) apresentou-se pela primeira vez, enquanto orquestra profissional, em dezembro de 2001, na altura com 25 elementos e com a denominação de Orquestra de Câmara de Coimbra. Em 2002, a Orquestra passou a ser composta por 32 elementos, sendo esta a sua atual constituição. Em 2004 alterou a sua designação para Orquestra Clássica do Centro.
Do seu historial destacam-se os concertos que tiveram lugar em monumentos arquitetónicos. Passou ainda a contar com o contributo solístico e de regência de notáveis figuras do nosso panorama musical como José Eduardo Gomes, Cesário Costa, Rui Massena ou Luís Carvalho, encontrando também meios para, pontualmente, produzir concertos com uma densidade tímbrica e orquestral sinfónica.
Também tem vindo a multiplicar a atuação de formações de câmara (trios, quartetos e quintetos, entre outras), disponibilizando assim um leque variado de programas/repertórios, em função das circunstâncias e / ou locais. Organizou concursos, conferências e festivais para além das atividades exclusivamente concertísticas.
Ao longo destes anos, a OCC tem realizado o seu trabalho ininterruptamente. Em maio de 2014, deslocou-se a Cabo Verde, a convite do Ministro da Cultura de Cabo Verde Mário Lúcio de Sousa que declarou a Orquestra, além de "fundadora da Orquestra Nacional de Cabo Verde", como sendo parte integrante desta. Em janeiro de 2016 a OCC esteve presente e atuou na cerimónia de inauguração do Museu do Tarrafal. Editou vários CD e livros. Enquanto associação, a OCC tem ainda a responsabilidade da gestão cultural do Pavilhão Centro de Portugal (local da sede da OCC). 1, Escolas de Música e outras Instituições como sejam a Universidade de Coimbra, o IPC, o ISCAC, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra ou ESART. Tem o apoio do Diário As Beiras, do Diário de Coimbra, Notícias de Coimbra, RTP e Antena 1, para além de empresas como a Bluepharma, ASCENDUM ou PLURAL. Em fevereiro de 2016, além da sua direção artística geral, apresentou a direção artística estratégica de que fazem parte nomes como Vasco Martins, Andrew Swinnwerton, Luís Tinoco, Mário Alves ou Marina Pacheco. É atual maestro titular desta orquestra, Jan Wierzba. Em julho de 2013 foi agraciada com a Medalha de Mérito Cultura da Cidade de Coimbra. Em 2018 comemoramos o nosso 17.º aniversário.
MAESTRO TITULAR DA ORQUESTRA CLÁSSICA DO CENTRO
Sobre JAN WIERZBA
Natural da Polónia e educado no Porto, Jan Wierzba tem se destacado como um dos mais promissores diretores de orquestra da atualidade musical portuguesa. É Maestro Assistente da Netherlands Philharmonic Orchestra e do seu Maestro Titular Marc Albrecht, em Amesterdão. Foi nomeado Diretor Artístico e Maestro Titular da Orquestra de Câmara de Almada, sendo também um dos fundadores e Diretor Musical do Ensemble MPMP, agrupamento com o qual tem trabalhado para promover o património musical português de todas as épocas durante os últimos 6 anos. Projetos recentes e futuros incluem programas com a Netherlands Philharmonic Orchestra, Real Filarmonia de Galicia, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra de Câmara de Almada, Orquestra de Câmara Portuguesa, Orquestra Clássica de Espinho, Orquestra Filarmonia das Beiras, Ensemble MPMP, e Síntese GMC. Frequenta desde abril a Hochschule fur Musik Franz Liszt em Weimar, tendo sido admitido para o grau de Konzertexamen, sob a tutoria de Nicolas Pasquet e Ekhart Wycik, enquanto bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi Maestro Residente no Operosa Festival que teve lugar na Sérvia e no Montenegro em agosto de 2017. No mesmo ano fez uma série de 3 masterclasses com foco em Ópera sob a tutoria de Carlo Rizzi, ao abrigo da rede ENOA, na Queen Elizabeth Music Chapel, Ópera Nacional Holandesa e com a Orquestra Gulbenkian. Em 2016 teve oportunidade de trabalhar com Bernard Haitink e Lucerne Festival Strings em masterclass, foi Assistente de Maestro de Coro na Ópera Nacional Holandesa e laureado com o 3.º Prémio no Concurso Prémio Jovens Músicos em Direção de Orquestra. Em 2015 foi um dos 5 escolhidos para a Masterclass em Direção de Orquestra com Mathias Pintscher, durante o Festival de Lucerna, um dos 15 jovens artistas convidados a participar na International Community Arts Academy, organizado em conjunto pela Filarmónica de Berlim, London Sympony Orchestra e Festival d’Aix-en-Provence, tendo também participado no workshop Opera in Creation durante o Festival d’Aix-en-Provence. Trabalhou como assistente de Joana Carneiro, Jac van Steen, Vassily Petrenko, Pedro Carneiro, Marc Tardue, Sir Andrew Davis e Juanjo Mena na Royal Liverpool Philharmonic Orchestra, BBC Philharmonic, Orquestra de Câmara Portuguesa, Estágio Gulbenkian para Orquestra, Orquestra Gulbenkian e Orquestra Sinfónica Portuguesa. Enquanto bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, terminou o Mestrado em Direção na Royal Northern College of Music (RNCM), onde estudou com Clark Rundell e Mark Heron, tendo-lhe sido atribuído o Mortimer Furber Prize for Conducting. Licenciou-se em direçao de orquestra pela Academia Nacional Superior de Orquestra sob a tutoria do Maestro Jean Marc Burfin. Participou em várias masterclasses com personalidades como Neeme Jarvi, Jorma Panula, Juanjo Mena, Nicolas Pasquet, Sir Mark Elder e Paavo Jarvi, entre outros. Licenciado em Piano pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo em 2009, no Porto, na classe de Constantin Sandu apresentou-se enquanto solista com orquestra, em recital e música de câmara. Foi vencedor do 1.º Prémio em Música de Câmara do Prémio Jovens Músicos em 2006, é detentor do prémio do Rotary Club da Foz atribuído a 3 dos melhores licenciados da ESMAE, tendo-lhe sido atribuída a bolsa da Yamaha Music Foundation for Europe após provas públicas em 2005.
Sobre Marina Pacheco
Iniciou os seus estudos musicais com Pedro Telles e licenciou-se na ESMAE sob orientação de José de Oliveira Lopes. É mestre em Performance Musical pela UCP – Escola das Artes, onde estudou com António Salgado e Sofia Serra. Em 2010/2011 integrou o Vlaamse Operastudio, na Bélgica, sendo bolseira do Programa Leonardo da Vinci e da Robus Foundation. Conta com a orientação de diversos profissionais no seu percurso que contribuíram e contribuem para o seu aperfeiçoamento vocal: Ambra Vespasiani, Ann Murray, Elisabete Matos, Ettore Nova, Fernanda Correia, Francisco Lazaro, Graham Jonhson, Jaime Mota, João Paulo Santos, Laura Sarti, Luciana Serra, Marc Tardue, Muriel Corradini, Nicholas McNair, Patricia MacMahon, Paulo Ferreira, Rui Taveira, Susan McCullogh, Susan Waters e Tom Krause. Nas diversas produções em que esteve envolvida, Marina trabalhou com encenadores e coreógrafos de renome como António Durães, Catarina Costa e Silva, Clara Andermatt, Cláudia Marisa, Helen Suyderhoud, João M. Freitas Branco, Jorge Loureiro, José Lourenço, Marcos Barbosa, Max Hoehn, Norma Graça-Silvestre, Paula Azguime, Paula Sá Nogueira, Pedro Lamares, Peter Konwitschny, Sílvia Real, Sybille Wilson e Vincent van den Elshout. Atuou com a Banda Sinfónica da Covilhã, Douru’s Orquestra, Ensemble Contemporâneo do Porto, Ensemble ESML, Ensemble MPMP, Jenaer Philharmonie, Jeugd en Muziek Orkest van Antwerpen, Norrbotten Neo, Orquestra AMFF, Orquestra Artave, Orquestra de Câmara Portuguesa, Orquestra Clássica do Centro, Orquestra Clássica do Sul, Orquestra Gulbenkian, Orquestra da Ópera Estatal de Stara Zagora, Orquestra Sine Nomine, Orquestra Sinfónica do Porto, Portuguese Brass, Sinfonieta da ESMAE e Sond’Ar-te Electric Ensemble. Marina Pacheco apresenta-se regularmente em Portugal e no estrangeiro, no âmbito da ópera, da oratória, da música de câmara e, particularmente da música contemporânea. Tem dois projetos com uma atividade performativa frequente: Marina Pacheco & Olga Amaro e Trio “À la joie…”, que se estrearam, respetivamente, em 2011 e 2017. Em 2016, criou o seu projeto “A Solo” totalmente dedicado à música contemporânea, onde se apresenta com obras a capela ou com recurso a vídeo e/ou eletrónica. Marina Pacheco é elemento da European Network Opera Academies – ENOA– como representante da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa). É membro da Comissão Artística da Orquestra Clássica do Centro. Recebeu o 3.º Prémio e o Prémio do Público no 19.º Concurso Internacional do Estoril (Portugal, 2017), o 1.º lugar no Concurso Stara Zagora (Bulgária, 2016), o 1.º lugar no Prémio Jovens Músicos RTP/Antena2 – categoria de canto nível superior (Portugal, 2012), o Prémio Vladislava Starkova no Concurso Internacional de Canto Pustina (Rep. Checa, 2012), 2.º e 3.º Prémios e Prémio Melhor Interpretação Canção Portuguesa nos 5.º e 6.º Concursos da Fundação Rotária Portuguesa (Portugal, 2011/2012) e o Prémio Finalista mais Jovem no Terzo Concorso Internazionale di Canto Lirico Luciano Neroni (Itália, 2009). Em 2010, lançou o disco “João Arroyo: obra para canto e piano” com a pianista Joana David (@Phonedition Records) e, em 2013, o disco “Canções de Lemúria” – Marina Pacheco & Olga Amaro (@Parlophone). Em 2017, foi lançado, pela C.M. de Castelo Branco, o disco “Cantiga partindo-se” que gravou com o João Roiz Ensemble
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