Jaime Batalha Reis esteve em destaque na passada sexta-feira, dando mote a duas atividades que decorreram no âmbito da “Cidade Europeia do Vinho 2018” em Torres Vedras. O Colóquio sobre Jaime Batalha Reis contou com moderação de António Carneiro e decorreu no Auditório dos Paços do Concelho. “Uma personagem de vulto que tem um papel importante no século XIX no nosso território, não só torriense mas também nacional” afirmou Carlos Bernardes, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, durante a sessão de abertura.
Seguiram-se as comunicações Jaime Batalha Reis: Versatilidade, Inovação e Intervenção Cultural, por Elza Miné, investigadora com trabalho desenvolvido no campo da produção desta personalidade, e Jaime Batalha Reis e a Quinta da Viscondessa, por José Eiras Dias, investigador auxiliar, diretor da revista científica Ciência e Técnica Vitivinícola e coordenador do polo de Dois Portos do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária - INIAV.
Segundo Elza Miné, Jaime Batalha Reis desenvolveu estudos nas mais variadas áreas, tendo produzido notas, apontamentos, textos de imprensa, ensaios e estudos. Nascido em 1847, formou-se em agronomia no Instituto Geral de Agricultura. Proveniente de uma família da burguesia lisboeta, o seu pai era proprietário no Turcifal, sendo um conhecido produtor de vinhos.
Foi nesse âmbito que Vinhos, Fados e Letras, iniciativa das bibliotecas municipais de Torres Vedras e Alenquer, teve como pano de fundo a Quinta da Viscondessa, antiga propriedade da família de Jaime Batalha Reis. Ao jantar – que contou com vinhos produzidos naquela quinta – seguiu-se uma noite onde o fado foi “rei”, pelas vozes e acordes de fadistas e músicos dos dois concelhos. Para complementar a trilogia, a noite contou ainda com declamação de poesia e a representação de uma entrevista a Sebastião José de Carvalho, 1º Visconde de Chanceleiros, alenquerense que se destacou no combate à filoxera no final do século XIX.
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