♦ Fernando Oliveira Diniz
Em notícia do G1 online de ontem (6-12-18), lemos que, a propósito da prisão da executiva Meng Wanzhou [na foto, ao lado de Putin], chefe de operações financeiras da Huawei, empresa chinesa de telecomunicações, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse aos jornalistas que “prender sem dar qualquer motivo viola os direitos humanos de um indivíduo”, exigindo tanto do Canadá quanto dos Estados Unidos que esclareçam as razões da detenção e a liberem imediatamente “para proteger seus direitos legais.”
Sem entrar no mérito de se a prisão é justa ou injusta, queremos apenas deixar assinalado o cinismo dessa declaração da parte de um governo que viola sistematicamente os “direitos humanos” dos indivíduos, prendendo e dando sumiço, por exemplo, a vários sacerdotes e bispos católicos, sem qualquer explicação.
O Arcebispo emérito de Hong Kong, Cardeal Zen, chegou mesmo a declarar que “infelizmente, há ainda várias dezenas de bispos, sacerdotes e leigos detidos em prisão domiciliar ou em prisões comuns” na China, acrescentando que “inclusive há alguns de nossos irmãos bispos dos quais há anos que não se tem notícia” (cfr. Catolicismo de fevereiro de 2016). Este Cardeal tem feito censuras veementes à política de acordos secretos do Vaticano com o regime comunista, o que vem deixando às feras os bispos, sacerdotes e leigos católicos fieis a Roma.
Fonte: ABIM
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