O gestor, de 45 anos, foi encontrado quarta-feira à noite na sua casa no Restelo, em Lisboa. O alerta foi dado por volta das 22:00 horas.
Nuno Ribeiro da Cunha já tinha sido encontrado no passado dia 7 de janeiro numa residência de férias, em Vila Nova de Milfontes, com ferimentos graves, suspeitando-se mesmo que pudesse ter sido alvo de uma tentativa de homicídio. No entanto, o próprio terá dito às autoridades que tentou pôr termo à vida.
Ontem, 22 de Janeiro, as autoridades acabaram por encontrá-lo morto em casa, na garagem. Segundo fonte da PSP, “tudo aponta para suicídio”.
Nuno Ribeiro da Cunha foi constituído arguido por alegada má gestão e desvio de fundos da petrolífera Sonangol, juntamente com Isabel dos Santos, Sarju Raikundalia, ex-administrador financeiro da Sonangol, Mário Leite da Silva, gestor da empresária e presidente do conselho de administração do Banco de Fomento Angola (BFA), Paula Oliveira e amiga de Isabel dos Santos e administradora da NOS.
Isabel dos Santos, filha do antigo presidente da República de Angola José Eduardo dos Santos, é alvo de um processo-crime que surgiu na sequência de uma denúncia do presidente do conselho de administração da petrolífera, Carlos Saturnino.
Na quarta-feira o procurador-geral angolano anunciou que a empresária Isabel dos Santos foi constituída arguida por alegada má gestão e desvio de fundos durante a passagem pela petrolífera estatal Sonangol.
A decisão da justiça angolana tem lugar depois de o Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (ICIJ) ter revelado no passado domingo mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de ‘Luanda Leaks', que detalham esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido, Sindika Dokolo, que terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano, utilizando paraísos fiscais.
Madremedia