O presidente da Área Metropolitana do Porto vai pedir ao Ministério da Saúde que clarifique se é verdade que os ventiladores oferecidos pela Galp foram desviados para Lisboa, como foi denunciado pelo presidente da Câmara do Porto.
"Fui incumbido de clarificar junto do ministério esta situação e tentar, caso se confirme, repor os direitos da região Norte", afirmou Eduardo Vítor Rodrigues, em declarações à Lusa.
O presidente da AMP explicou que a denúncia foi feita pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, numa reunião informal realizada hoje com os autarcas do Grande Porto para discutir estratégias metropolitanas para lidar com o surto de covid-19 na região.
Segundo aquele responsável, Rui Moreira revelou que, segundo fonte do Hospital de Santo António, os ventiladores oferecidos pela Galp foram "desviados" para Lisboa pelo Ministério da Saúde, informação que surpreendeu todos os que participaram na reunião desta tarde.
Nesse sentido e, por proposta do autarca do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues ficou incumbido de perceber junto da tutela a veracidade do que foi hoje denunciado.
A Lusa tentou obter esclarecimentos à Câmara do Porto, que não quis fazer qualquer comentário, e ao Hospital de Santo António, mas até ao momento sem sucesso.
De acordo com uma nota de imprensa da empresa, a Galp desenvolveu, em articulação com entidades nacionais como a Direção-Geral da Saúde (DGS), o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), um pacote de medidas de apoio ao combate à covid-19.
No imediato, a Galp e a sua Fundação vão disponibilizar 29 ventiladores a hospitais do SNS numa tentativa de reduzir a escassez deste tipo de equipamentos, para utilização imediata.
A Galp disponibilizou ainda, com efeitos imediatos, apoio em combustível aos veículos do INEM, incluindo as ambulâncias que transportam doentes infetados e as viaturas das equipas que se têm multiplicado nas deslocações para recolha domiciliária de amostras para análise.
A Fundação Galp e a Galp estão também a trabalhar num pacote de apoio energético para mais de 500 instituições particulares de solidariedade social suas clientes, no âmbito do qual a empresa suportará um mês de consumo de eletricidade e gás natural a ser ativado no período que a instituição achar adequada.
A Galp cedeu ainda o seu espaço publicitário à DGS para divulgação das mensagens de prevenção à escala nacional relativas à covid-19, no decurso de uma campanha que começa hoje e decorre até dia 31.
Lusa
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