sábado, 21 de março de 2020

Lenine Cunha treina na garagem com Jogos Paralímpicos na mira

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A presença nos Jogos Paralímpicos Tóquio2020 continua a ser "o foco principal" do atleta Lenine Cunha, mas agora a pandemia da Covid-19 obriga a que os treinos para a desejada obtenção de mínimos sejam feitos na garagem.
"Com tudo isto, só posso treinar na garagem, tenho lá um miniginásio, e é lá que trabalho todos os dias. Além disso, como vivo numa zona algo isolada e que tem uma boa rampa, consigo fazer alguns exercícios na rua, sempre com todos os cuidados", conta o atleta à agência Lusa.
Lenine Cunha, medalha de bronze no salto em comprimento F20 (deficiência intelectual) dos Jogos Paralímpicos Londres2012, explica que todo o trabalho é feito de acordo com um plano do treinador José Costa Pereira, com quem trabalha há 21 anos, e garante: "Parar é que não posso."
Ainda sem mínimos para os Jogos de Tóquio, que deverão decorrer entre 25 de agosto e 06 de setembro, Lenine Cunha vive, como muitos atletas, a incerteza de não saber quando se realizarão as provas que permitem a obtenção de marcas.
"O mínimo no comprimento está fixado nos 6,65 e tem de ser feito até 30 de junho, mas agora não tenho provas para tentar fazê-lo", revela Lenine Cunha, detentor de 211 medalhas em competições internacionais.
Com toda situação criada pela pandemia da Covid-19, que já se alastrou a mais de 182 países e territórios, Lenine Cunha teme também que estejam em causa dois campeonatos Europeus de atletismo agendados para junho: o do Comité Paralímpico Internacional, na Polónia, e da Federação Internacional para Atletas com Deficiência Intelectual (INAS), na Rússia.
"Estas eram provas onde se podiam obter mínimos, não sabemos se vão realizar-se", explica, lembrando que "neste momento é tudo uma grande incerteza".
Lenine Cunha admite que as atuais restrições impostas pelo combate à propagação do novo coronavírus complicam muito a vida de todos os atletas de alta competição.
"É muito difícil para todos, os fundistas e meio fundistas têm de correr na rua sozinhos e para as disciplinas técnicas é ainda pior", considera.
O atleta, que, além de ter participado em Londres2012, esteve nos Jogos Paralímpicos Sidney2000 e Rio2016, assegura que vai continuar a trabalhar focado em Tóquio, mas estima que, "tendo em conta a atual situação", por agora tudo é "incerto".
Lusa

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