quinta-feira, 16 de abril de 2020

Teleconsultas passaram a ser a norma entre as mulheres grávidas

Covid-19: Grávidas infetadas devem ser vigiadas em casa
Acompanhamento "não é tão próximo", mas, "mantendo-se as duas ecografias recomendadas, o essencial está garantido".
Quase todas as mulheres grávidas passaram a ter as consultas de seguimento da gravidez através do telefone.
A explicação é avançada pela Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia que garante que a situação "parece estar controlada", apesar do medo que muitos têm de ir aos hospitais ou clínicas devido ao receio de contágio.
Há dois dias, a Direção-Geral da Saúde (DGS) fez um apelo a pedir atenção à saúde das grávidas nestes tempos de Covid-19.
O presidente da federação explica que "elas não estão a deixar de fazer as duas ecografias fundamentais e estão a ter um tipo de assistência que é diferente, mas que é de proximidade, por telefone".
Daniel Pereira da Silva detalha que foi preciso fazer esta adaptação nos serviços públicos e privados para que existissem contactos telefónicos regulares, "não parecendo que existam preocupações significativas", com o colégio da especialidade, na Ordem dos Médicos, a acompanhar a situação.
Estas consultas são muito mais frequentes no final da gravidez e são agora feitas por telefone "em relação a vários parâmetros que é possível acompanhar desta forma, como a medição da tensão arterial".
"Um acompanhamento nem que seja mínimo, não é o ideal mas é aquele que parece razoável e equilibrado dentro das condições que temos atualmente", refere Daniel Pereira da Silva.
O médico recorda que não é conveniente que as mulheres frequentem os hospitais ou clínicas nesta altura pelo que naturalmente a esmagadora maioria concorda facilmente em fazer as consultas por telefone.
"Em relação a alguma queixa por parte da grávida nós conseguimos acompanhá-la por telefone, agora em relação ao desenvolvimento fetal, aspetos de segurança, naturalmente que não é tão próximo. Mas mantendo-se as duas ecografias recomendadas o essencial está realmente garantido", conclui o representante da Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia.
Nuno Guedes / TSF

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