O ministro das Finanças cessante, Mário Centeno, remeteu hoje para o Governo a decisão sobre quem será o próximo governador do Banco de Portugal, mas admitiu que é um cargo que qualquer economista gostaria de desempenhar.
Em entrevista à RTP, Mário Centeno admitiu ter falado desse assunto com o primeiro-ministro, mas salientou que a escolha do sucessor de Carlos Costa "é uma competência do Governo", lembrando apenas que é funcionário do Banco de Portugal (BdP).
Questionado se este seria um lugar apetecível para si, Mário Centeno, economista, respondeu: "É um cargo que é muito importante para o país e que não vai perder importância nos próximo anos, é um cargo que qualquer economista pode gostar de desempenhar", afirmou, dizendo estar "apenas a fazer uma interpretação do cargo".
Sobre os diplomas aprovados na generalidade no parlamento e que, se vierem a ser lei, criarão um período de nojo entre funções governativas e na liderança do banco central, o ministro das Finanças disse desconhecer qualquer país que tenha "esse género de incompatibilidades escritas em normas".
"Ser governante não é propriamente um cadastro", reforçou, questionando, depois de ter sido ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo, que cargos poderia desempenhar seguindo esse tipo de critérios.
Mário Centeno salientou que, em Portugal, três governantes do PSD "assumiram cargos desta natureza após terem sido governantes" e aconselhou o país "a não se pôr mais restrições a si próprio".
Lusa
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