Diretora do lar em Paderne que promoveu o "beijar da cruz" no passado dia 12 de abril, no Domingo de Páscoa, pode vir a responder pelo crime de propagação de doença contagiosa. Participantes também foram identificados e poderão ter de ir a tribunal.
Lurdes Gonçalves, diretora de serviços do Centro Paroquial de Paderne, em Melgaço, foi notificada e deverá, durante esta semana, ser constituída arguida por ter dado a cruz a beijar a 17 utentes da instituição no Domingo de Páscoa, 12 de abril.
A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias, que cita fonte do Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo para dizer que Ministério Público tem solicitado às autoridades que efetuem várias diligências, sendo que "uma das próximas será a constituição [da diretora de serviços] como arguida". Em causa está o crime de propagação de doença.
O momento em questão, do "beijar da cruz", foi captado, partilhado e extremamente criticado na internet devido à atual situação epidémica vivida no país. No vídeo é possível ver vários dos utentes do lar a participar, sendo que depois cada beijo, o crucifixo era desinfetado.
Os participantes na cerimónia foram também identificados pela GNR e os factos comunicados aos tribunais, encontrando-se a grande maioria ainda em fase de inquérito. Estes poderão vir a responder pelo crime de propagação de doença contagiosa ou por desobediência, por terem desrespeitado as regras durante o estado de emergência.
Lusa
Foto: JN
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