- Plinio Maria Solimeo
Aesquerda tem memória curta. E a tem também grande parte dos bispos que fazem parte da CNBB e que, seguindo a linha da famigerada Teologia da Libertação, não poupam críticas ao governo e à situação em que se encontra nosso País.
Esquecem-se eles que, há apenas alguns anos, o Partido dos Trabalhadores (PT), bafejado e incentivado por tais bispos, levou o Brasil à bancarrota com toda sorte de corrupção, que eles assistiam passiva e confortavelmente.
Por isso é bom relembrar-lhes que, naquela época, houve dois corajosos prelados que, destoando do resto da CNBB, fizeram duras críticas ao governo petista e à situação que vigorava no Brasil.
Foram eles Dom Henrique Soares da Costa, bispo de Palmares, no Pernambuco, e Dom Antônio Carlos Rossi Keller, bispo de Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul.
É-nos grato rememorar aqui as palavras desses destemidos antistites, pronunciadas no início do ano de 2016, em pleno reino petista, para refrescar a memória tão seletiva dos nossos bispos e clero esquerdistas.
O valoroso bispo de Palmares afirmou com todas as letras:
“A situação do nosso País é gravíssima: crise econômica; crise política; crise institucional; crise moral!
A democracia brasileira corre perigo!
O País foi roubado dos brasileiros!
Os que governam se sentem dispensados de dar satisfações ao Povo; não respeitam as instituições, zombam da justiça!
A sordidez, a desfaçatez e o escárnio tornaram-se método de governar e fazer política!
O Congresso Nacional trai e abandona o Povo brasileiro!
Cargos, comissões, sinecuras: é tudo quanto nossos parlamentares procuram!
Congresso indigno, Congresso omisso, eivado pela tortuosidade!
É preciso dar um basta a tudo isto!
O Povo brasileiro deve retomar o seu País, deve recobrar a sua Pátria, a sua dignidade, a sua honradez!
O Brasil está desonrado,
o Povo brasileiro está ferido em sua dignidade!
É o futuro da Pátria que está em jogo!
É preciso cobrar com convicção e firmeza um posicionamento claro do Congresso Nacional! Mas, como, com os líderes que estão ali?
Enquanto isto, crise, desemprego, tensão, desânimo, total falta de esperança!
O Brasil não tem líderes!
Estão destruindo a jovem democracia brasileira, estão colocando em risco o que se construiu com tanto sacrifício!
Que o Povo não o permita!
Que o Povo fale! Que o Povo brade!
O Brasil é dos brasileiros!”
Essas palavras tão duras, pronunciadas em 2016, contra o governo petista, são as que, mais ou menos, agora as de que acusam o atual governo.
Dom Keller não deixa a situação por menos:
“De início, quero deixar claro que esta postagem não tem direcionamento partidário. Vivemos hoje, no Brasil, uma situação constrangedora: em todas as agremiações partidárias, o mal da corrupção apresenta-se como uma sombra vergonhosa.
O Brasil para os brasileiros! Fomos roubados: roubaram nossa esperança, nosso futuro, nossa dignidade, muito mais do que o nosso dinheiro. Somos um povo doente, sem horizontes. Prevaleceram-se de nosso comodismo, de nossa incapacidade de reação. Compraram nossa consciência cidadã com bolsas, programas, “pacs”, copas e olimpíadas.
Mudaram o rumo de nossa história, impingindo-nos ideologias inaceitáveis. Venderam nosso país a lobbies, que despejam aqui rios de dinheiro, para mudar os rumos de nossa vocação cristã-católica.
Perdemos quase tudo. Agora, querem nos fazer acreditar que tantos escândalos, desvendados a duras penas, não são verdadeiros, nada mais são do que disputa política. É preciso dar um basta a tanta pouca vergonha. É preciso, antes de tudo, resgatar o Brasil e a nacionalidade. Este país precisa ressurgir dos escombros a que foi reduzido. Mais do que nunca, é preciso recomeçar a ser brasileiro. O Brasil e os brasileiros não merecemos tanta humilhação e tanta vergonha”.
Felizmente essas palavras não foram pronunciadas em vão, como demonstraram as gigantescas manifestações populares contra o governo corrupto do partido dito dos trabalhadores.
Citamos essas declarações como publicadas no site católico “Aleteia”, em português, no dia 18 de março de 2016.
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