É a segunda vez que o deputado Paulo Rangel questiona por escrito o Vice-Presidente da Comissão Europeia e Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrel sobre a situação de Moçambique.
A primeira vez foi em Maio e Paulo Rangel qualificou a resposta de Josep Borrel “com boas intenções” mas agora o chefe da delegação portuguesa do PSD quer saber que resultados têm produzido os “diálogos” e as “acções” que a UE tem estabelecido com as autoridades moçambicanas.
Paulo Rangel enviou ao inicio da tarde de quarta-feira, 11 de Novembro, uma pergunta ao Alto Representante na qual exige saber com detalhe quais os passos já dados pela União Europeia para ajudar a resolver a situação humanitária e de segurança em Moçambique.
Temos a informação de que a situação se está a agravar, com mais ataques e mais bárbaros, e que se mantem a incapacidade de acção das autoridades locais”, afirma Paulo Rangel.
Paulo Rangel tem sido voz activa no Parlamento Europeu na defesa do povo moçambicano tendo conseguido em setembro incluir o Cabo Delgado na agenda dos assuntos urgentes da sessão plenária do Parlamento Europeu depois de ter introduzido pela primeira vez o tema numa reunião da Comissão dos Assuntos Externos em julho de 2020.
“Sinto-me muito chocado pela apatia internacional relativamente à situação que vive Moçambique. Não percebo como podemos assistir impávidos ao massacre de milhares de pessoas e a uma situação humanitária gritante sem agir com firmeza e diligência. Temos muitos exemplos na história de situações semelhantes em que não se agiu a tempo ou não se quis ver a realidade e depois foi tarde. O pior inimigo destas situações é a indiferença e o silêncio. Estamos nessa situação e por isso é crucial continuar a levantar a voz.”
Na pergunta enviada a Josep Borrel o chefe da delegação portuguesa do PSD no Parlamento Europeu e Vice Presidente do PPE, Paulo Rangel, quer saber:
Que tipo de intervenção ou iniciativa tem a UE levado a cabo no sentido de apoiar as autoridades Moçambicanas a fazer face ao problema?
Que ajudas foram até hoje concretamente disponibilizadas nesse sentido?
Em que medida tem a UE procurado exercer a sua influência junto de organizações regionais como a União Africana e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, no sentido de incentivar uma estratégia comum para combater uma ameaça que é, cada vez mais, regional?"
Paulo Rangel insiste: "Moçambique continua abandonado perante a onda de violência extremista islâmica a norte do país. A violência sem tréguas que assola o país há vários anos cresce, de semana a semana, em número e em barbárie. Com ela, a crise humanitária ganha proporções catastróficas. O Parlamento Europeu condenou já a violência e a degradação da situação humanitária a que a União, os Estados Membros e a comunidade internacional assistem impávidos.”
A pergunta escrita ao Conselho foi assinada pelos 6 Eurodeputados do PSD: Paulo Rangel, Lídia Pereira, José Manuel Fernandes, Maria da Graça Carvalho, Álvaro Amaro e Cláudia Monteiro de Aguiar.
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