A Dinamarca decidiu deportar 94 refugiados sírios, com a alegação de que Damasco e a zona em redor da capital síria passaram a ser zonas seguras. Os refugiados em questão vão perder as autorizações de residência e colocados em campos de deportação na Dinamarca. Não vão, para já, ser enviados para a Síria. A decisão, avançada pela imprensa britânica, está a gerar críticas, nomeadamente na Comissão Europeia.
A Dinamarca não deve forçar ninguém a regressar à Síria neste momento. Estamos a seguir este assunto e vamos falar com aqueles que pensam que chegou a altura para o regresso. Os regressos devem ser voluntários, seguros, dignos e sustentáveis e as condições para isso ainda não estão reunidas na Síria", disse o comissário para a gestão de crises, Janez Lenarčič.
Apesar do aparente apaziguamento em Damasco, o conflito sírio, que dura há dez anos, continua em grande medida aceso, tal como continuam as detenções arbitrárias e desaparecimento de opositores ao regime de Bashar el-Assad, segundo um relatório agora publicado pela comissão de inquérito das Nações Unidas. A Comissão Europeia acusa Copenhaga de faltar à obrigação de proteger os refugiados e incentivar outros países a seguir uma política semelhante, que considera perigosa. A euronews pediu já um comentário por parte do governo dinamarquês.
Ricardo Figueira / Euronews
Imagem: Direitos de autor Per Rasmussen/AP
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