O movimento Nascer em Coimbra congratula-se com os avanços do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) concretizados na circular normativa noticiada no passado dia 5 de março, garantindo o direito a acompanhante e visitas a puérperas nas Maternidades de Coimbra, aguardando, no entanto, que outros passos mais arrojados possam ser dados no sentido de garantir uma experiência de parto positiva às famílias. Especificamente, o movimento considera que se poderia ter ido mais longe no que diz respeito à garantia da presença do/a acompanhante nas consultas de assistência à gravidez, nas ecografias e nas salas de pré-parto, que neste momento não está assegurada, bem como à garantia de um maior tempo de permanência na maternidade durante o internamento após o nascimento.
sexta-feira, 12 de março de 2021
Reação ao novo procedimento relativo a acompanhantes e visitas nas Maternidades de Coimbra
No seguimento de um pedido de esclarecimento relativo às novas normas junto do Conselho Diretivo do Departamento de Ginecologia, Obstetrícia, Reprodução e Neonatologia, o Nascer em Coimbra foi informado que estas serão divulgadas quer no portal dos CHUC quer nas Maternidades, pelo que, no âmbito da campanha "Parir Sozinha, em Coimbra, Não!", incentivamos à sua procura quer nos halls de entrada e salas de espera quer junto das/os profissionais de saúde que assistem as grávidas e casais, por forma a poder exigir que estas sejam cumpridas.
O movimento foi também informado que a presença de acompanhante só é permitida a partir do momento em que as mulheres em trabalho de parto vão para a sala/bloco de partos, não podendo acompanhar na primeira fase de trabalho de parto nas salas de pré-parto nos internamentos de medicina materno-fetal.
Foi também informado que as visitas de 30 minutos serão diárias, mediante agendamento no dia anterior. Apesar de Movimento ter expressado o desejo de um tempo maior de visita foi-nos dito que “não será possível, para já, estender a duração das visitas, de acordo com as exigências de prevenção da infeção, e de forma a permitir a visita do acompanhante a TODAS as puérperas, evitando assim desigualdades.”
Queremos felicitar todas as mulheres e parceiros/as que exerceram os seus direitos de cidadania enquanto utentes de serviços públicos que se querem de qualidade, comunicando ao Conselho de Administração dos CHUC o seu desagrado em relação às fortes restrições que se faziam sentir relativamente à presença do pai/acompanhante nas Maternidades de Coimbra. Esta prática deve continuar sempre que direitos e normas não estejam a ser salvaguardadas e até que seja possível que as recomendações da Organização Mundial de Saúde para uma experiência de parto positiva sejam cumpridas. Entendemos que as mulheres, os casais têm de ser ativas/os neste processo e o Nascer em Coimbra estará a trabalhar ao seu lado para que as leis, nomeadamente a Lei n.º 15/2014 com as alterações trazidas pela Lei n.º 110/2019, sejam cumpridas e as práticas sejam sustentadas nas orientações da OMS.
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