A Câmara de Braga admitiu hoje que pagou 16.830 euros pela inscrição na edição 2021 da competição “melhor destino europeu do ano”, que venceu, mas sublinhou que aquele é o valor estipulado para todos os candidatos.
Em comunicado, a Câmara sublinha que a inscrição foi feita por aquisição de contratação pública, sendo aquele valor que têm de pagar quaisquer cidades portuguesas ou europeias que se queiram candidatar ao prémio.
A autarquia acrescenta que, após a conquista do galardão, decidiu fazer uma campanha nacional e internacional de promoção do destino Braga, designadamente na própria plataforma do “European Best Destination”, que foi contratada por cerca de 70 mil euros.
“Todas estas contratações foram feitas de forma transparente e clara, publicadas no portal Base da contratação pública que qualquer entidade ou pessoa poderá consultar”, sublinhou.
A Câmara de Braga adiantou que a campanha de promoção da cidade encetada após a atribuição do prémio, passou também pelos meios de comunicação da especialidade e internacionais, como a Lonely Planet, Forbes ou Traveler, e por outdoors por todo o país, tendo orçado num total de 150 mil euros.
A autarquia refere ainda que, segundo uma análise de Media Value, realizada pela Cision e referente apenas às duas primeiras semanas após a atribuição do título a Braga, “só em meios nacionais, este valor ultrapassava já 1,9 milhões de euros de retorno”.
O comunicado da Câmara de Braga surge na sequência das declarações, que o município classifica de “inenarráveis”, do ex-presidente da Associação de Hotéis do Algarve sobre a alegada “compra” de reconhecimentos turísticos internacionais.
Segundo a Câmara, “foram vários aqueles que procuraram cavalgar tal menção para atacar e denegrir a cidade de Braga, sugerindo expressa ou implicitamente que o mesmo tinha acontecido com o reconhecimento da cidade como Melhor Destino Europeu em 2021”.
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