A Guarda Nacional Republicana (GNR) organizou esta tarde, dia 26 de abril, a 17.ª reunião de coordenação do Projeto GARSI Sahel, nas instalações da Unidade de Intervenção (UI), em Lisboa, e que contou com a presença do Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita e da Embaixadora de Espanha em Portugal, Marta Betanzos Roig.
Desde 2017 que a Guarda participa em diversas operações combinadas no âmbito do Projeto GARSI Sahel. Este projeto foi aprovado pela Comissão Europeia, em 2016, e é executado através da gestão indireta da Fundação Internacional e Iberoamericana de Administração e Políticas Públicas (FIIAPP). Os países beneficiários deste projeto são a Mauritânia, o Mali, o Níger, o Burkina-Faso, o Chade e o Senegal, sendo entidades implementadoras as Forças de Segurança de natureza militar de quatro Estados-membros da União Europeia: a Guarda Nacional Republicana (Portugal), a Guardia Civil (Espanha), a Gendarmerie Nacional (França) e a Arma dei Carabinieri (Itália).
Os principais objetivos do projeto centram-se na criação de unidades de intervenção das Forças de Segurança dos seis países beneficiários, que disponham de capacidade efetiva para responder a situações de grave alteração da ordem pública, mas também para assegurar a prevenção e combate ao crime, procurando assegurar a afirmação do Estado de Direito na totalidade do território dos referidos membros do Sahel.
Para tal, o projeto tem criado Unidades de Intervenção Rápida (Unidades GARSI) em cada um dos Estados beneficiários, integrando mais de 800 militares, altamente formados e treinados, e que têm desempenhado um papel fundamental em domínios como sejam a prevenção e o combate ao terrorismo e à radicalização, aos diversos tipos de tráficos ilícitos, bem como à imigração ilegal. Simultaneamente, o projeto GARSI tem, por outro lado, assegurado elevados níveis de reconhecimento por parte das autoridades locais, o que testemunha do esforço de todas as partes envolvidas tendo em vista a sustentabilidade desta iniciativa de carácter eminentemente regional.
A participação da GNR tornou-se efetiva neste projeto no início do ano de 2017, através de diversas reuniões de coordenação, tendo assumido os cargos de Coordenador-adjunto do Projeto GARSI no Níger em 25 de março de 2017 e no Burkina Faso em 8 de abril do mesmo ano. A GNR tem também participado na formação contínua de quadros e de formação de base dos Gendarmes dos diversos países do GARSI Sahel, nas áreas das operações especiais, tráficos ilícitos e proteção da natureza (excecionalmente no Burkina Faso na área do policiamento de proximidade), contabilizando até ao momento 49 formações.
Para além das formações, a Guarda participou ainda na mentoria das unidades já formadas no Níger e no Chade, e no processo de Initial Operational Capability (IOC) no Níger, e Full Operational Capability (FOC) no Senegal e Burkina Faso, contando com 49 militares projetados no total.
Atualmente, a Guarda assume os cargos de Coordenador do Projeto GARSI no Mali, e de Coordenador-Adjunto no Burkina Faso. Em 2021, está ainda previsto que a Guarda projete, para a região do Sahel, 10 formadores nas áreas de Inativação de Engenhos Explosivos e Sniper.
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