O Projeto “3 Territórios, 1 Rio que nos une” deu mais um passo para a sua implementação nos três municípios. Na última semana, foram colocadas instalações artísticas nas margens do Rio Vouga (Parque do Areal, em Angeja, e no Poço de Santiago, em Sever do Vouga) e na Pateira (Espinhel,Fermentelos e Óis da Ribeira). Todas as obras são da autoria de Miguel Ángel Bordera, CEO da empresa espanhola Carros de Foc, conhecida pelas suas esculturas gigantes em todo o mundo.
As esculturas estão ligadas à história de cada um dos concelhos, com a bateira em plano de destaque e com a figura do pescador adaptado à realidade de cada território envolvido neste projeto. Em todos os locais, no momento das instalações das esculturas, realizaram-se workshops com alunos de artes e de cursos profissionais de soldadura.
As esculturas
No caso de Albergaria-a-Velha, foi criada uma escultura que retrata a figura do pescador solitário, que percorria o rio e as margens antigamente, transportando pessoas e o seu pescado. A inauguração desta escultura está agendada para o dia 2 de julho, com uma agenda de espetáculos a ser anunciada brevemente.
Em Sever do Vouga, a escultura está situada no miradouro da ecopista, com vista para a ponte dos antigos caminhos de ferro, no Poço de Santiago. Representa um barqueiro típico do concelho, realizado segundo as orientações da Câmara Municipal, que pretendeu uma peça única e diferente.
No que respeita a Águeda, a Autarquia optou pela colocação de uma escultura em cada margem da Pateira, nomeadamente em Espinhel, Fermentelos e Óis da Ribeira. É uma obra feita com base nas imagens antigas dos pescadores que navegavam nos rios Vouga e Águeda e que paravam no antigo Cais das Laranjeiras para vender o seu pescado.
Os locais escolhidos pela Câmara de Águeda vão proporcionar grandes momentos fotográficos, uma vez que a paisagem da Pateira vai permitir “cliques” únicos e que vão ficar na história de quem visitar os locais.
O artista
Para este projeto, Miguel Ángel Martin Bordera, diretor artístico e CEO da Carros de Foc, criou instalações artísticas em que o rio se torna num condutor de sentimentos entre os 3 territórios. Para o artista, na “bateira” encontra-se o bem mais precioso que um ser pode cobiçar, a Ilusão. Esta Ilusão distribui-se em todo o projeto artístico de maneira a recordar a necessidade que a população dos diferentes territórios tem em comunicar e encontrar uma resposta à Ilusão que flutua na vida de cada ser.
Miguel Ángel Bordera, filho de pais pintores e escultores, desde cedo viu engenho e arte para criar e conceber esculturas. Iniciou o seu percurso profissional localmente na cidade de Alicante, mas desde cedo se viu a voar para outros continentes onde foi chamado a intervir e contribuir com a criação de esculturas artísticas em projetos de relevo Internacional. Recebeu já vários prémios em festivais tendo sido inclusive distinguido como melhor artista criador de uma escultura gigante no maior festival de instalações artísticas do mundo, Burning Man, em 2018.
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