Galardão foi entregue no encerramento das VI Jornadas Internacionais de Turismo, que decorreram na sexta-feira e sábado, no Centro de Artes de Águeda
A Câmara Municipal de Águeda entregou o primeiro galardão “Chapéu de Ouro” ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), numa cerimónia que decorreu no encerramento das VI Jornadas Internacionais de Turismo, que este ano aconteceram num formato misto, entre o online e o presencial, no Centro de Artes de Águeda.
O galardão, que visa distinguir pessoas singulares e/ou coletivas, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, cujo mérito seja publicamente reconhecido pelo maior benefício coletivo na área do turismo, foi atribuído por decisão de um júri definido para o efeito, que integrou representantes da Câmara e Assembleia Municipal e ainda da Turismo Centro de Portugal, da APECATE e Rota da Bairrada. O prémio deste ano pretende ser um reconhecimento de todo o trabalho desenvolvido pelos diversos profissionais de saúde no combate à pandemia da COVID-19.
“Apesar de não ter feito parte desta decisão, dado que não integrei o referido júri, enquanto enfermeiro, fico extraordinariamente contente pela distinção e por valorizarem o trabalho dos profissionais de saúde”, declarou Jorge Almeida, Presidente da Câmara de Águeda, acrescentando que, “este galardão é para todos os profissionais do SNS que não regatearam esforços e disponibilidade e disseram ‘presente’, tal como se destina aos que agora continuam a fazê-lo no âmbito do processo de vacinação”.
Para o Edil, uma das melhores homenagens que podem ser feitas aos profissionais de saúde é dar-lhes condições adequadas para trabalhar. “Estamos a fazer a nossa parte de uma forma empenhada e a ir muito mais longe”, salientou, indicando que, a título de exemplo, foram criadas “ótimas condições na Unidade de Saúde de Aguada de Cima, a melhor da região”, uma obra que está praticamente concluída.
A Câmara de Águeda adjudicou as obras de remodelação e ampliação do Centro de Saúde de Águeda, aguardando o Visto do Tribunal de Contas para que a intervenção possa arrancar e, no próximo dia 1 de setembro, terão início as obras do Hospital de Águeda, que conta com “o contributo financeiro decisivo” da Câmara Municipal. “Com este conjunto de obras, penso que estamos a afirmar e a dar um apoio significativo aos profissionais (de saúde)”, disse Jorge Almeida.
“Obrigada por este reconhecimento”
“É com sentida gratidão que, em nome da Senhora Ministra da Saúde, tenho a honra de receber este lindo prémio”, disse Rosa Reis Marques, presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Centro, salientando que a distinção é um “reconhecimento do papel do SNS e dos seus profissionais no combate à maior ameaça à saúde pública global dos últimos 100 anos”.
Defendendo que este prémio se destina “a todos e a cada um dos profissionais do SNS, que fazem do seu dia a dia assegurar aos portugueses cuidados de qualidade”, a governante frisou que o SNS “mostrou mais uma vez, num contexto de extraordinária exigência e pressão sobre a sua rede de serviços, que é capaz de proteger a saúde dos portugueses perante ameaças como a que vivemos desde março de 2020”.
“Muito obrigada por este reconhecimento ao Serviço Nacional de Saúde”, declarou, salientando que “mais que um motivo de orgulho para todas e para todos os seus profissionais, é um poderoso instrumento de motivação para um SNS cada vez mais efetivo nas suas respostas assistenciais e em saúde pública”.
O galardão, que é atribuído pela primeira vez este ano, tem a forma de um chapéu, “um símbolo que tem distinguido Águeda a nível nacional e internacional”, declarou Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara Municipal.
VI Jornadas Internacionais de Turismo
As VI Jornadas Internacionais de Turismo são, defende o Presidente da Câmara de Águeda, “um grito de esperança, de afirmação e de vontade de viver”, expressando o querer avançar, apesar das circunstâncias adversas. “Ficamos muito mais ricos e sobretudo com uma série de caminhos apontados que não deixaremos de percorrer”, sublinhou Jorge Almeida.
Também Rosa Reis Marques defende que destas jornadas “emanam dois poderosos sinais de confiança no futuro”. Acredita que “a sua realização, num momento ainda conturbado do ponto de vista epidemiológico, é a prova de que a sociedade continua e deve continuar mesmo em plena guerra contra o vírus” e que, por outro lado, decorrer em Águeda, “reconhece o potencial turístico e económico das cidades de média dimensão”.
A responsável da ARS Centro frisou que, “em saúde pública, economia é saúde, pela simples razão de que o rendimento económico permite as condições de vida que determinam a saúde de cada um” e que “sendo o setor do turismo um pilar nacional de criação de riqueza, contribui para a saúde da população portuguesa”, destacando os “heróis e heroínas” do setor, que “produzem riqueza, promovem o bem-estar coletivo e contribuem para o reconhecimento de Portugal no mundo”. Lembrou “os empresários e operadores do setor”, os “profissionais da área da hotelaria, da restauração e áreas correlacionadas” e “os agentes locais” relativamente aos quais destacou “as autarquias, perfeitos conhecedores do seu território e das suas potencialidades turísticas e económicas”.
Refira-se que durante dois dias, no Centro de Artes de Águeda, decorreram as VI Jornadas Internacionais de Turismo, um evento que reuniu diversos intervenientes e empresas do setor do turismo numa troca de experiências e boas práticas em que o mote foi o futuro do turismo no pós-pandemia. Nestes dois dias de trabalhos, de networking, de apresentação de novas oportunidades e ideias de negócio na área do turismo, foram apresentados sete painéis, nos quais intervieram sete moderadores e 19 oradores, que aceitaram o desafio de participar num modelo misto, entre o online e o presencial.
“Estas foram umas jornadas fantásticas”, disse Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara de Águeda, salientando que, “nestes tempos que estamos a passar, desistir seria o mais fácil”. Organizar este evento, por isso mesmo e nesta altura, foi “um desafio”, que se revelou “muito positivo” e que poderá resultar, no próximo ano, num evento ainda mais internacional.
Isto porque, no decorrer das jornadas, Edson Santos apontou a possibilidade de, no próximo ano, as jornadas poderem acontecer de uma forma descentralizada, lançando o desafio a Bissau, Rio Grande do Sul (Brasil) ou Sal (Cabo Verde), “com quem temos partilhado boas práticas”, para realizarem as jornadas também numa destas cidades-irmãs de Águeda.
O símbolo destas jornadas, a borboleta, apontava para a ideia do “efeito borboleta”, considerando que um acontecimento num determinado ponto do mundo pode afetar todo o planeta, como aconteceu com a pandemia. No turismo, também pode ser assim. Até porque Águeda é disso mesmo um exemplo, em que o abrir de guarda-chuvas coloridos, numa rua do centro da cidade, catapultou Águeda para o mundo.
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